Por Greovário Nicollas.
O Novo Código Eleitoral, que tramita infinitamente nas comissões da Câmara Federal é uma vergonha da desfaçatez e falta de compromisso com a Nação. Uma reforma que deveria representar um avanço significativo e uma resposta às demandas da sociedade brasileira, parece estar dormindo em berço esplêndido na Câmara dos Deputados. A gestão de Arthur Lira, que já está se aproximando do fim, parece não ter a intenção de impulsionar essa reforma crucial. Em vez de promover mudanças efetivas, os deputados frequentemente apresentam propostas de reforma eleitoral que não passam de ideias superficiais, distantes da necessidade real da população.
Essa situação gera um sentimento de frustração e desencanto entre os políticos sérios e alguns cidadãos, que se sentem tratados como bobos da corte por suas "excelências". O eleitor brasileiro, ao invés de ser visto como um agente ativo na democracia, torna-se uma massa de manobra para interesses que pouco têm a ver com o bem comum. O que era para ser um espaço de debate e construção de um sistema eleitoral mais justo se transforma, muitas vezes, em um espetáculo de encenações e promessas vazias.
A política brasileira, lamentavelmente, se deteriora a cada dia. Muitos que ainda acreditam em um Estado democrático de direito começam a se questionar sobre o verdadeiro sentido dessa crença, diante de um cenário marcado por escândalos, corrupção e uma falta alarmante de compromisso com a ética e a responsabilidade. Os jogos de poder na Câmara Federal são constantes, onde as negociações parecem mais um casamento para a conveniência do que um esforço genuíno para o progresso do país. A sociedade exige o fim da reeleição e um controle de verdade nas emendas PIX, moeda de troca do jogo de toma lá dá cá. Uma vergonha.
As promessas feitas em palanque se dissipam rapidamente, dando lugar a uma realidade frustrante: a sensação de que as reformas tão necessárias não vão acontecer. Assim, a esperança na política nacional começa a se esvair, enquanto os cidadãos se perguntam: será que ainda há espaço para a mudança? Neste contexto sombrio, é essencial que a população mantenha a vigilância e a pressão sobre seus representantes, cobrando não apenas promessas, mas ações concretas que efetivamente transformem a política brasileira em um verdadeiro espelho da vontade popular e dos princípios democráticos. O futuro da democracia no Brasil depende, acima de tudo, da ousadia e da determinação do eleitor em exigir o que é justo.
Articulista e Colaborador do Blog do Edney.
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