terça-feira, 3 de dezembro de 2024

PP SE FORTALECE COM APOIO E VITÓRIA DE FRANCISMAR

Em uma eleição marcada por articulações intensas e surpresas de bastidores, o Progressistas (PP) conseguiu eleger Francismar Pontes, deputado dissidente do PSB, como primeiro secretário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), consolidando sua força política e mostrando habilidade na costura de alianças. O cargo, considerado o segundo mais importante na hierarquia da Alepe, foi conquistado em um cenário de disputa e desgaste do então titular, Gustavo Gouveia, do Podemos. Este enfrentava resistências internas após acusações de interferências eleitorais nas bases de colegas durante o último pleito municipal.

A movimentação nos bastidores começou com reuniões estratégicas e um almoço que reuniu expoentes políticos insatisfeitos com a permanência de Gouveia. Na ocasião, figuras como Sileno Guedes, presidente estadual do PSB, e o deputado Alberto Feitosa marcaram presença, sinalizando inicialmente apoio ao enfrentamento. Porém, dias depois, a dinâmica mudou. Sileno, em uma jogada inesperada, convocou a bancada socialista para um encontro com o presidente da Alepe, Álvaro Porto, e o próprio Gustavo Gouveia, selando o apoio à reeleição de ambos, uma decisão respaldada pelo prefeito do Recife, João Campos. A declaração pública de Sileno, que desautorizava o apoio a Francismar Pontes, trouxe novos desafios à articulação do grupo dissidente.

Nesse contexto, Kaio Maniçoba, também do PP, e Francismar Pontes despontaram como os nomes mais fortes para disputar a primeira secretaria. Apesar do favoritismo inicial de Maniçoba, a habilidade de Francismar em angariar votos estratégicos, inclusive entre colegas do PSB, consolidou sua candidatura. A decisão foi amplamente endossada pelo deputado federal Eduardo da Fonte, líder estadual do PP, que enxergou em Francismar a capacidade de atrair apoios cruciais para a vitória.  

No desfecho, a eleição de Francismar Pontes não só desafiou o apoio institucional declarado pelo PSB a Gustavo Gouveia, mas também reforçou o papel do Progressistas como uma força política decisiva na Alepe. O resultado evidenciou que, mesmo sem respaldo unânime ou apoio de lideranças superiores, o PP foi capaz de utilizar a insatisfação de deputados e seu jogo de cintura para alterar os rumos da disputa, consolidando uma liderança que promete influenciar diretamente os próximos movimentos da Casa Legislativa.

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