O cenário era de incerteza e perplexidade na manhã desta terça-feira (10), quando o prefeito de Arcoverde, Wellington Maciel, reuniu os coordenadores da área de saúde para anunciar uma decisão inesperada: a demissão de todos os prestadores de serviço contratados. A medida, descrita como um “jacaré” que engoliu desde auxiliares de limpeza até médicos, chocou os profissionais e trouxe apreensão à comunidade.
A notícia veio em contraste direto com uma declaração recente do secretário de Saúde do município, Felipe Padilha, que havia garantido que os servidores da saúde não seriam impactados pelas demissões que já vinham atingindo outras áreas da administração. No entanto, a realidade se impôs de forma abrupta, e a justificativa apresentada, de que “a ordem veio de cima”, deixou mais perguntas do que respostas.
A assessoria de comunicação do município limitou-se a informar que o secretário não se pronunciaria sobre o caso, enquanto a comunidade de Arcoverde tentava compreender as implicações da decisão. Ainda não se sabe o número exato de profissionais dispensados nem a extensão dos prejuízos que a ausência desses serviços poderá trazer às unidades de saúde da cidade.
Nos corredores e nas reuniões, o impacto da decisão era evidente. Olhares preocupados, conversas sussurradas e a incerteza sobre como os serviços básicos seriam mantidos marcaram o dia. A comunidade, que já enfrentava desafios no acesso à saúde, agora se vê diante de um cenário ainda mais difícil, com a possibilidade de filas maiores e atendimentos comprometidos.
O silêncio oficial deixa em aberto as motivações e as possíveis soluções para minimizar os efeitos dessa decisão. Enquanto isso, Arcoverde aguarda respostas e torce para que o atendimento à saúde, um direito essencial, não seja desamparado em um momento tão delicado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário