Anne estava em casa na companhia da mãe e de uma amiga da família. Enquanto as horas da tarde se desenrolavam em um ambiente que, até então, parecia seguro e cotidiano, um momento de distração transformou tudo em desespero. Quando a mãe notou a ausência da filha, um alerta percorreu os corredores da casa. O nome de Anne ecoava enquanto a busca desesperada começava.
Foi a amiga quem, ao percorrer os arredores, encontrou a menina dentro da caixa d’água. A imagem, impactante e irreversível, deixou as duas mulheres paralisadas por segundos que pareceram eternos. O instinto de salvar tomou conta, e a criança foi levada às pressas ao hospital local, onde os profissionais de saúde confirmaram o que ambas temiam: Anne já não estava mais viva quando chegou ao local.
A notícia rapidamente atravessou os muros da casa e percorreu as ruas da cidade. No hospital, o silêncio de quem aguardava notícias e o choro da mãe entrecortavam o ambiente. O corpo da menina foi posteriormente encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru, deixando para trás uma casa onde o som da vida foi substituído pelo peso do luto.
Anne Eloá Santos, com seus 21 meses de vida, era o centro de alegria da família. Os vizinhos, entre lágrimas e abraços de consolo, recordavam como seus primeiros passos e risadas eram um reflexo de esperança. A tragédia trouxe um clima de consternação à comunidade, que se uniu ao redor da família, oferecendo suporte em meio ao sofrimento.
Na quietude que restou, os dias que seguem serão marcados pela ausência e pela tentativa de encontrar forças em meio a um vazio que só o tempo poderá, talvez, amenizar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário