GOIANA - O JOGO DO PODER ENTRE OS DOIS EDUARDOS

Em Goiana, na Mata Norte de Pernambuco, o cenário político local testemunhou uma reviravolta que promete marcar a história da cidade. O agora ex-prefeito Eduardo Honório, que por muitos anos governou de maneira autoritária e controversa, decidiu desafiar a Constituição ao se candidatar a um terceiro mandato consecutivo, ignorando a proibição que impede a reeleição direta. O desfecho desse impasse foi avassalador: sua vitória foi anulada, permitindo que o presidente da Câmara de Vereadores, um novo Eduardo, assumisse a prefeitura interinamente. Caro leitor Eduardo Honório tinha chances de eleger quem ele quisesse em 2024. Mas inventou a roda e dançou literalmente. Vamos passar NA LUPA. 

PAULA BRITO -A situação revela um jogo complexo de rivalidades e alianças que há muito tempo permeiam o cenário político goianense. Eduardo Honório, com seu estilo de gestão centralizador, parecia acreditar que contava com o apoio inabalável dos vereadores que, em sua maioria, apoiaram suas empreitadas anteriores. No entanto, a súbita mudança de lealdades demonstrou que o tempo e a política podem ser traiçoeiros. Ao invés de garantir a eleição de Paula Brito para presidir a Câmara, como planejava, Honório viu seus ex-aliados se unirem em torno de Eduardo Batista, um concorrente à altura que agora detém o poder interino.

EDUARDO BATISTA - A ascensão de Eduardo Batista à presidência da Câmara – agora prefeito interino – não apenas subverteu as expectativas de Honório, mas também acendeu um novo alicerce político na cidade. Batista, apoiado pela nova composição da Câmara, já se coloca como o verdadeiro contendente nas futuras eleições, delineando estratégias que o colocam como favorito em um possível embate contra um candidato ainda a ser escolhido por Honório. A previsão dos analistas aponta que a popularidade e a habilidade política de Batista poderão ofuscar qualquer tentativa do ex-prefeito de recuperar o controle.

MUDANÇA- O desenrolar desse embate revela não apenas as fragilidades de uma política dominada por figuras autocráticas, mas também a necessidade de um novo tipo de liderança em Goiana. O que se vê é uma população cansada de práticas políticas que priorizam interesses pessoais em detrimento do bem comum. A resistência dos vereadores em apoiar Honório, somada ao crescimento de uma liderança alternativa como a de Eduardo Batista, simboliza um desejo por renovação e mudança. Batista deve disputar a prefeitura no cargo e se constitui em forte candidato a prefeito na eleição suplementar. 

HONÓRIO GANHOU E PERDEU. Goiana se encontra em um momento decisivo. O embate entre os dois Eduardos representa mais do que uma simples disputa pelo cargo; é uma batalha por ideais, por transparência e por um futuro mais justo para os goianenses. Eduardo Honório, ao se rebelar contra a legislação e contra o desejo popular, pode ter selado não apenas seu destino político, mas também proporcionado uma oportunidade valiosa para que novas vozes e lideranças emergem, revitalizando a política local e abrindo espaço para um governar mais democrático e inclusivo. O olhar agora se volta para Eduardo Batista, que, com sua nova posição, pode ser o protagonista de uma nova era em Goiana. 

VEREADORES REBELADOS- Rei morto rei posto é uma analogia que sempre permeia a mente e o imaginário popular. Em Goiana bastou Eduardo Honório ser declarado inelegível e ter sua votação cancelada para que os vereadores que viviam fazendo juras ao então prefeito Horário, realizassem uma mudança de rota e rumo. Não aceitaram a indicação de Paula Brito como candidata a presidente, a fim de obedecer Eduardo Honório e transformá-la em presidente da Câmara de Vereadores de Goiana e co sequentemente em prefeita Interina. O plano deu com os “burros n’agua” como diz o dito popular. Enfim, o aprendiz de coronel, perdeu a caneta e o poder e agora assiste Eduardo Batista comandar o milionário orçamento da cidade. De certeza que Batista será candidato a prefeito e certamente Honório terá muito trabalho para vencer o ex-aliado. É isso aí !