A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) nº 0600289-84.2024.6.17.0057, apresentada pela coligação Unir para Reconstruir, que segue apurando suposto abuso de poder político e econômico nas eleições municipais de 2024, envolvendo o prefeito de Arcoverde, Zeca Cavalcanti (Pode), o vice-prefeito Siqueirinha, e o ex-prefeito Wellington Maciel (MDB), tem um novo capítulo. A ação investiga uma série de irregularidades que teriam ocorrido durante o período eleitoral, incluindo transações financeiras suspeitas.
Em decisão publicada no Diário Oficial eletrônico do TRE-PE, com data de 27 de janeiro, mas disponibilizado já nesta sexta (24), o juiz eleitoral da 57ª Zona, Dr. Cláudio Márcio Pereira Lima, confirmou que a citação da investigada, a empresária Roseane Tenório dos Santos, foi cumprida e determinou o prazo de dois dias para que as partes apresentem as provas que pretendem produzir, a fim de concluir o processo.
Um dos pontos centrais da investigação é um cheque de R$ 1 mil, enviado via Pix pela Construtora Victória Ltda. ao ex-servidor público Bruno Cavalcanti. A transação, que ocorreu em 28 de setembro de 2024, é apontada como um indício de compra de apoio político, pois, segundo Bruno, o valor foi condicionado à garantia de sua manutenção no emprego e ao apoio à candidatura de Zeca Cavalcanti, Siqueirinha e do candidato a vereador pelo PP.
Em entrevista, Bruno apresentou o comprovante do Pix e afirmou que foi coagido a apoiar os candidatos do grupo político conhecido como “candidato amarelo”. A carta precatória enviada à 76ª Zona Eleitoral de João Pessoa-PB busca esclarecer a natureza da transação financeira e colher depoimento da empresária sócia da Construtora Victória, que tem ligações com o ex-secretário e vereador eleito Paulinho Wanderley (PP).
A defesa de Thais Targino, outra sócia da Construtora Victória e esposa do vereador eleito Paulinho Wanderley, sustenta que o pagamento de R$ 1 mil foi feito a título de contrato de propaganda da empresa.
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