sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Na Lupa, Sexta, 24/01/2025, Blog do Edney


NA LUPA 🔎 
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SENADORA INSISTE EM PEITAR HUMBERTO COSTA 

Em uma entrevista recente à Folha de Pernambuco, a senadora Teresa Leitão traçou o rumo do PT para as eleições de 2026, deixando claro que sua preferência é pela aliança com João Campos, prefeito do Recife, para a disputa ao governo estadual. Teresa, uma das figuras mais influentes do PT em Pernambuco, afirmou que o partido deveria apoiar a candidatura de Campos, desconsiderando a possibilidade de continuar com a governadora Raquel Lyra, como parte de uma aliança mais ampla. Sua declaração sinaliza uma clara divisão dentro do PT sobre os rumos para o próximo pleito estadual. 

A senadora ressaltou que sua decisão é orientada pelo fato de a aliança entre o PT e o PSB ser parte de um projeto político nacional, liderado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, e que, portanto, uma parceria com João Campos seria a continuidade dessa aliança em Pernambuco. Teresa defendeu o PSB como o aliado natural do PT, com base na relação histórica de apoio do PSB ao governo federal. Ela ainda afirmou: “Qual o partido do vice de Lula? É o PSB”, como forma de justificar seu posicionamento, lembrando que o vice-presidente Geraldo Alckmin é do PSB.
PSB e a Questão do Vice: A Incerteza de 2026
No entanto, a fala de Teresa pode estar desconsiderando um fator crucial nas articulações políticas nacionais para 2026: a possibilidade de o PSB não manter seu espaço na vice-presidência do Brasil. O cenário político atual é repleto de disputas internas, especialmente entre os partidos do centrão, como o PSD e o MDB, que visam ocupar a vice em uma possível reeleição de Lula. A presença do PSB no comando da vice, portanto, se torna cada vez mais improvável. 

Embora o PSB continue sendo um aliado importante do governo federal, a disputa pela vice-presidência já é um tema que envolve os bastidores da política, com partidos como o MDB e o PSD já se movimentando para garantir o apoio necessário. Mesmo que o PSB não consiga manter sua posição como vice, é altamente provável que o partido continue ao lado de Lula e, nesse cenário, as negociações em Pernambuco ganham outro tom. Para aliados de João Campos, seria mais viável uma aliança com o PT sem o PSB ocupando a vice-presidência, uma vez que as articulações políticas locais ficariam mais flexíveis.

O Papel do PT e a Oposição a Raquel Lyra
Na mesma entrevista, Teresa Leitão foi enfática ao afirmar que o PT de Pernambuco deve ser o principal articulador da oposição ao governo de Raquel Lyra, mas no âmbito estadual, particularmente na Assembleia Legislativa. A senadora fez questão de destacar que o PT não deveria se limitar ao Senado para atuar contra o governo estadual, mas que o foco de suas críticas deveria ser o trabalho da bancada estadual. Ela lembrou, inclusive, das derrotas de 2022, quando o PT não conseguiu se impor nem no primeiro nem no segundo turno com os candidatos Danilo Cabral e Marília Arraes.

Essas declarações reforçam a visão de que o PT não deve simplesmente seguir uma linha de continuidade com Raquel Lyra, como alguns setores do partido ainda cogitam. Ao contrário, Teresa aponta a importância de uma oposição consistente e ativa no Estado, especialmente nas questões que envolvem a Assembleia Legislativa, onde o PT pode ter maior protagonismo e fazer valer seu papel de resistência.

O Futuro do PT: Divisões Internas e Decisões para 2026
O posicionamento de Teresa Leitão é um indicativo claro de que o PT em Pernambuco ainda vive um momento de divisões internas sobre o caminho a seguir em 2026. De um lado, a ala que defende um apoio a Raquel Lyra, e do outro, a ala que prefere uma aliança com João Campos. Essa divisão reflete um dilema que deve persistir ao longo de 2025, quando o PT terá de tomar decisões mais concretas sobre suas alianças e estratégias para a corrida ao governo estadual.

O processo de escolha será, sem dúvida, difícil. As alianças políticas em Pernambuco não envolvem apenas questões locais, mas também são influenciadas pelo cenário nacional. Isso inclui a relação do PT com o PSB, mas também a articulação com outros partidos que podem ter um papel determinante nas eleições de 2026. Dessa forma, a decisão final sobre quem o PT irá apoiar ao governo de Pernambuco não será tomada antes de 2026, quando o partido terá de analisar todas as circunstâncias, tanto internas quanto externas, antes de definir sua posição.

O Jogo Político de 2026: Teresa Leitão e as Movimentações Estratégicas
O posicionamento de Teresa Leitão sinaliza que a política em Pernambuco nos próximos meses será marcada por disputas internas, tanto dentro do PT quanto nas negociações com outros partidos. A senadora, ao apoiar João Campos, se coloca como uma figura importante em um jogo político que envolve decisões estratégicas não só para o PT, mas também para os destinos de Pernambuco.

As movimentações dentro do PT, as articulações com o PSB e outros partidos e as escolhas que serão feitas em 2025, quando as alianças estarão mais definidas, irão desenhar o futuro da política estadual para as eleições de 2026. Teresa, com seu apoio a João Campos, vai certamente continuar sendo uma peça-chave nesse processo, influenciando a agenda e o posicionamento do PT no cenário político de Pernambuco. O jogo está em andamento, e as escolhas de hoje terão reflexos decisivos para o futuro político de todo o estado.

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