Dom Limacêdo, cuja voz ecoa como um farol de consciência no Pajeú, não hesitou em apontar a gravidade do momento. Para ele, o mundo está em um decênio decisivo, com sinais claros de que a ser um escolhas atuais podem determinar o futuro de toda a humanidade. Ele ressalta que, enquanto no plano global o prenúncio de grandes catástrofes já preocupa cientistas e ambientalistas, o Sertão enfrenta suas próprias ameaças, agravadas pelo avanço da degradação da caatinga e pela falta de atenção às questões ambientais locais.
Triunfo, com sua paisagem serrana e clima ameno, será o cenário para este chamado à ação, um ponto de encontro para reflexões e possíveis compromissos entre os gestores municipais. O bispo tem insistido que não há alternativas: "Não existe planeta reserva, só este". A frase, carregada de urgência, reflete a dimensão do desafio enfrentado por uma região que, ao mesmo tempo que é resiliente, sente os impactos das mudanças climáticas e da exploração desenfreada de seus recursos.
O encontro também será uma oportunidade para conectar o discurso global às práticas locais. A preservação da caatinga, bioma único e tão vulnerável, será um dos temas centrais, buscando sensibilizar os prefeitos sobre a necessidade de políticas públicas efetivas e ações que unam governo e sociedade em torno de um propósito comum: a sobrevivência da vida em harmonia com o meio ambiente.
Enquanto a Diocese do Sertão do Pajeú se prepara para receber as lideranças, fica a expectativa de que as discussões transcorram com profundidade e que desse encontro surjam caminhos que apontem para uma convivência sustentável no semiárido, renovando a esperança de que o Sertão possa florescer em equilíbrio com a natureza que o molda.
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