sábado, 18 de janeiro de 2025

RAQUEL E PT, NAMORO OU AMIZADE?

O cenário político de Pernambuco foi profundamente movimentado nesta semana pela possibilidade de a governadora Raquel Lyra ingressar no Partido dos Trabalhadores (PT). A articulação, que teria o ministro Rui Costa como principal incentivador, surge como uma tentativa estratégica de aproximar o governo estadual das diretrizes e alianças nacionais do partido, fortalecendo o nome de Raquel para uma eventual candidatura à reeleição. Fontes próximas à governadora confirmam que os convites têm sido constantes e que o tema ganhou espaço nos bastidores da política local e nacional.

A repercussão dentro do PT em Pernambuco foi imediata, mas, como esperado, longe de ser unânime. Uma ala do partido, liderada por nomes ligados ao prefeito do Recife, João Campos, como Cirilo Mota, demonstrou total rejeição à ideia. Para esses atores, a filiação de Raquel poderia gerar ruídos na base política local e trazer incertezas sobre a condução de alianças já estabelecidas. Por outro lado, figuras históricas do partido, como o ex-prefeito João Paulo, expressaram apoio entusiasmado à possibilidade, enxergando nela um movimento estratégico para consolidar o PT como peça-chave no governo estadual.

A expectativa cresce em torno do retorno do senador Humberto Costa, que volta de férias na próxima semana. Um encontro já está marcado entre ele e a governadora Raquel Lyra, alimentando especulações de que um convite formal para que o PT embarque no governo estadual pode ser feito. Essa reunião, se concretizada, tem potencial para ser um divisor de águas nas articulações, não apenas em Pernambuco, mas também no contexto político nacional, onde o alinhamento entre o governo estadual e federal ganha relevância.

A eventual filiação de Raquel ao PT não apenas reorganizaria o campo político local, mas também abriria novas perspectivas para a governadora, que passaria a contar com o peso do partido nas suas decisões administrativas e em uma possível campanha de reeleição. Mais do que um simples movimento partidário, essa articulação pode consolidar um novo eixo de poder em Pernambuco, conectando ainda mais o estado aos projetos nacionais do Partido dos Trabalhadores.

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