A senadora Teresa Leitão reafirmou sua posição como oposição à governadora Raquel Lyra e destacou a importância da aliança entre PT e PSB para as próximas eleições de 2026, durante entrevista concedida à Rádio Folha na manhã desta sexta-feira. Teresa enfatizou que o caminho do Partido dos Trabalhadores em Pernambuco deve ser construído em consonância com o alinhamento nacional da legenda e afirmou acreditar na possibilidade de consenso dentro do partido com o retorno do senador Humberto Costa, que esteve ausente em período de férias.
A parlamentar foi enfática ao afirmar que, caso as eleições fossem realizadas hoje, o nome do prefeito João Campos despontaria como o candidato natural do PSB ao governo do estado, reforçando a força dessa articulação entre as duas legendas. Para ela, a posição do PSB dentro da base aliada ao presidente Lula é estratégica e indispensável para o fortalecimento do projeto político de esquerda. Teresa, ao mencionar o partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, destacou a relevância dessa aliança como uma diretriz política prioritária: "Qual o partido do vice de Lula? É o PSB", ressaltou. Na avaliação da senadora, é sobre essa base que os debates em Pernambuco devem se concentrar, defendendo que o mesmo alinhamento seja mantido em 2026.
Crítica ao cenário estadual, Teresa questionou a falta de articulação da oposição ao governo Raquel Lyra dentro da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Para ela, a responsabilidade de liderar esse enfrentamento político é do PT na Alepe, reforçando que sua atuação no Senado Federal é pautada institucionalmente em defesa do estado de Pernambuco, mas com posicionamento político alinhado à oposição. Ela lembrou que o partido esteve do lado oposto à governadora na disputa de 2022, quando Danilo Cabral foi o candidato do PSB ao governo, representando a aliança histórica entre as siglas.
Ainda durante a entrevista, Teresa Leitão reagiu às declarações recentes do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que em passagem pelo Recife teria apontado Raquel Lyra como integrante da base do presidente Lula. A senadora tratou a fala do ministro como uma posição pessoal, demonstrando estranheza pelo fato de tal afirmação ter sido feita em um contexto onde os principais representantes do PT pernambucano estavam em Brasília. Para ela, esse tipo de declaração não reflete a realidade política e merece ser analisado com cautela.
Ao longo da conversa, Teresa questionou a falta de foco em torno do principal objetivo para o campo progressista: a manutenção da liderança de Lula na presidência como ponto de convergência para a vitória em 2026. Ela afirmou categoricamente que sem Lula à frente, a esquerda não conseguiria sucesso eleitoral. Para a senadora, a prioridade deve ser a consolidação dessa liderança e o fortalecimento das alianças que garantam a continuidade do projeto nacional.
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