quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

BOLSONARISTA QUE MATOU TESOUREIRO DO PT É CONDENADO, VEJA DETALHES

Jorge Guaranho foi condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu. O crime aconteceu em 9 de julho de 2022, durante a festa de 50 anos de Arruda, que tinha temática em homenagem a Lula e ao partido. O ex-policial penal invadiu o evento armado e atirou contra Arruda, que revidou. Ferido, o petista não resistiu e morreu na madrugada do dia seguinte.  

O julgamento ocorreu nesta quinta-feira, 13 de fevereiro, e durou cerca de 17 horas. O Tribunal do Júri de Foz do Iguaçu entendeu que houve homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por perigo comum. A defesa de Guaranho alegou que ele agiu em legítima defesa e sustentou que não houve motivação política para o crime. O Ministério Público, no entanto, argumentou que o ataque foi premeditado e que Guaranho invadiu a festa com intenção de matar.  

A decisão determinou que a pena será cumprida em regime fechado. Ainda cabe recurso por parte da defesa, que já anunciou que pretende recorrer da sentença. Durante o julgamento, a viúva de Marcelo Arruda, Pamela Suelen, depôs e reforçou que Guaranho foi o agressor e que seu marido tentou apenas se defender.  

As imagens de câmeras de segurança mostraram que Guaranho chegou ao local aos gritos, exaltando Bolsonaro, e abriu fogo contra o petista. Arruda, que era guarda municipal e estava armado, conseguiu reagir e atingiu Guaranho, mas não resistiu aos ferimentos.  

O crime gerou forte repercussão no Brasil e foi interpretado como um marco da escalada da violência política no país. Após o assassinato, lideranças políticas e autoridades se manifestaram sobre a necessidade de combater o ódio e garantir que divergências políticas não levem a confrontos violentos.  

Jorge Guaranho permaneceu preso desde o crime, inicialmente em um hospital e depois transferido para o sistema prisional. A defesa alegou que ele sofreu sequelas dos disparos e pediu medidas cautelares para responder ao processo em liberdade, o que foi negado pela Justiça.  

A decisão do júri popular representa um desfecho judicial para um caso que mobilizou o país e trouxe à tona debates sobre segurança, polarização e o impacto da violência política na democracia.

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