COLISÃO COM PÁSSARO DANIFICA AVIÃO DA LATAM E FORÇA RETORNO AO GALEÃO

Colisão com pássaro danifica avião da Latam e força retorno ao Galeão

O voo LA3367 da Latam, que partiu do Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, às 10h35 desta quinta-feira (20), com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, precisou retornar ao ponto de origem após uma colisão com um pássaro. O impacto, conhecido como “bird strike” na aviação, causou danos significativos ao bico da aeronave, um Airbus A321, tornando inviável a continuidade da viagem. A tripulação seguiu os protocolos de segurança e decidiu retornar ao Galeão, onde o pouso ocorreu às 11h04 sem incidentes ou feridos entre os duzentos passageiros a bordo. 

O CEO da Latam, Jerome Cadier, comentou o ocorrido em suas redes sociais, ressaltando a segurança da operação, mas também questionando os possíveis desdobramentos jurídicos que a companhia pode enfrentar devido ao cancelamento do voo. Em um tom crítico, mencionou a frequência de ações movidas contra companhias aéreas no Brasil por motivos como esse, levantando um debate sobre quem arca com os custos operacionais e indenizações nesses casos. A Latam divulgou uma nota oficial lamentando o incidente e informando que os passageiros impactados estão sendo reacomodados em voos programados para esta quinta e sexta-feira (21).  

Colisões com aves representam um desafio recorrente na aviação comercial e podem gerar desde pequenos danos estruturais até falhas mais graves em componentes essenciais da aeronave, dependendo da velocidade, do tamanho do animal e da área atingida. Motores, asas e nariz da aeronave são partes vulneráveis a esse tipo de impacto, e no caso do Airbus A321 envolvido, os danos visíveis na fuselagem indicam a necessidade de inspeção minuciosa e possíveis reparos antes que o avião possa voltar a operar. 

A segurança operacional da aviação segue protocolos rigorosos para minimizar os riscos causados por eventos como esse. Os aeroportos investem em sistemas de controle da fauna e monitoramento das áreas de pouso e decolagem para afastar aves que possam representar perigo para os aviões. Ainda assim, o fenômeno continua sendo um problema global, especialmente em regiões próximas a áreas costeiras ou de vegetação densa, onde a presença de pássaros é maior. 

Os passageiros foram informados sobre o cancelamento e os procedimentos de reacomodação, mas enfrentaram atrasos e mudanças em seus planos de viagem. Para as companhias aéreas, um incidente como esse gera custos adicionais com realocação, assistência e manutenção da aeronave, além de possíveis pedidos de compensação por parte dos clientes afetados. A Latam reforçou que segue todas as normas técnicas e operacionais para garantir a segurança de seus voos e que o bem-estar dos passageiros e tripulantes é a prioridade em qualquer decisão tomada durante uma ocorrência como essa.