DANI PORTELA É RECONDUZIDA A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS

Dani Portela foi reconduzida à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (18), garantindo a liderança do colegiado pelo critério da idade, em um desfecho que confirmou o que já era esperado nos bastidores. O empate em dois votos a dois deixou a decisão sob o critério regimental, assegurando a permanência da deputada do PSOL no comando do espaço. A disputa interna envolveu o deputado Júnior de Tércio (PP), que buscava a presidência defendendo a alternância de poder como fator de fortalecimento democrático.  

A votação evidenciou os alinhamentos políticos dentro da comissão. Simone Santana (PSB) acompanhou Dani Portela, enquanto Joel da Harpa (PL) votou em Tércio. O quinto integrante, João Paulo (PT), não compareceu, pois tinha outro compromisso, e sua ausência foi motivo de questionamentos dentro da sessão. A vice-presidência ficou com Júnior de Tércio, mas sem contar com o voto da presidenta reeleita.  

Ao defender sua permanência à frente da comissão, Dani Portela destacou a importância da continuidade do trabalho realizado nos últimos anos, mencionando reuniões, escutas e avanços conquistados no período. Em tom descontraído, mencionou que, aos 50 anos recém-completados, sua idade tornou-se um fator decisivo, algo que celebrou em meio à disputa. O parlamentar do PP, por sua vez, destacou que sua eleição traria novas perspectivas e reforçou as diferenças ideológicas que o distanciam de Dani.  

O clima na comissão ficou marcado ainda por provocações entre os membros. Joel da Harpa questionou a ausência de João Paulo e insinuou que sua falta deixava dúvidas sobre seu posicionamento. Júnior de Tércio reforçou a provocação ao afirmar que não queria o voto do petista. Dani, por sua vez, rebateu e esclareceu que o deputado estava em reunião na Universidade Federal de Pernambuco, tratando do uso medicinal da cannabis.  

A reeleição da parlamentar do PSOL reflete o cenário político na Assembleia e mantém na comissão uma condução alinhada às pautas progressistas, em um ambiente onde as diferenças ideológicas entre os integrantes seguirão pautando os debates.