terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

DEPUTADOS DO PT E DO PL BATEM BOCA NA ALEPE

A sessão desta segunda-feira (10) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) foi marcada por uma forte troca de acusações entre os deputados Renato Antunes (PL) e Doriel Barros (PT). O clima esquentou após o discurso de Antunes, no qual ele fez críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com foco no aumento do preço dos alimentos.  

O embate começou quando Doriel Barros, presidente estadual do PT, pediu o microfone para rebater as declarações de Antunes e o acusou de agir de forma premeditada para evitar uma réplica imediata no plenário. O petista afirmou que o deputado do PL teria trocado sua ordem de inscrição de maneira estratégica para falar logo após ele, impossibilitando que sua crítica fosse respondida naquele momento. Para Doriel, essa postura foi um ato de “covardia”, alegando que a atitude não condiz com o respeito esperado dentro do parlamento estadual. Em tom de indignação, declarou que, a partir daquele momento, não cederia mais seu tempo de fala para Renato Antunes, em protesto contra o que chamou de “comportamento inadequado” do adversário político.  

As palavras de Doriel provocaram imediata reação de Renato Antunes, que pediu a palavra por questão de ordem para rebater a acusação. O parlamentar do PL se disse indignado com a forma como foi tratado, argumentando que jamais fez ataques pessoais que justificassem ser chamado de covarde. Ele explicou que solicitou a troca na ordem de fala apenas porque precisou atender um telefonema, rebatendo a insinuação de que teria feito isso por estratégia política. Enquanto discursava, foi interrompido por Doriel Barros, que falava fora dos microfones, acirrando ainda mais o embate no plenário.  

Renato insistiu que suas críticas eram direcionadas ao governo e não a um parlamentar específico, afirmando que Doriel deveria rebater o conteúdo do discurso em vez de lançar ataques pessoais. Disse que não aceitaria ser rotulado dessa forma e exigiu um pedido de desculpas do deputado petista. Destacou ainda que foi eleito com 46 mil votos e que, por isso, tinha legitimidade para expressar suas opiniões no plenário da Alepe. Reafirmou que sempre fala “na cara” e que não se sentiria intimidado por qualquer tipo de acusação vinda da bancada petista. O embate seguiu intenso, tornando o plenário palco de um novo capítulo da disputa política entre os grupos ligados ao governo federal e à oposição no estado.

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