Gilson Machado fez questão de se posicionar com firmeza diante das declarações de Valdemar Costa Neto sobre a articulação do PL em Pernambuco. O ex-ministro do Turismo não só rebateu a fala do presidente nacional do partido, que delegou a Anderson Ferreira a condução da formação da chapa estadual para 2026, como reafirmou que a direita conservadora no estado vai além do PL e que a liderança desse grupo está diretamente ligada a Jair Bolsonaro. Para ele, qualquer movimento que desconsidere essa diretriz está em desacordo com a vontade do ex-presidente.
Segundo Machado, Bolsonaro já definiu que ele será seu candidato ao Senado em 2026 e que qualquer tentativa de desviar desse caminho não pode se sobrepor à realidade dos fatos. A relação entre Valdemar Costa Neto e Anderson Ferreira ganhou ainda mais evidência após um vídeo publicado por Ferreira, dois dias depois da passagem de Bolsonaro por Pernambuco. A gravação sinaliza que a cúpula nacional do PL está alinhada com a candidatura de Anderson ao Senado, o que contradiz o desejo declarado do ex-presidente da República.
Para Gilson Machado, a existência de duas vagas para o Senado permite que o PL tenha mais de um candidato, mas ele reforça que Bolsonaro só terá um nome oficialmente apoiado. O discurso deixa claro o desalinhamento dentro da sigla e a disputa interna entre os aliados do ex-presidente. Machado busca consolidar sua candidatura como a legítima representação do bolsonarismo no estado e, ao mesmo tempo, desafia a condução do partido em Pernambuco.
O ex-ministro ainda tratou de descartar qualquer possibilidade de deixar o PL, a não ser que Bolsonaro também decida sair. Ele afirmou que sua lealdade ao ex-presidente é inegociável e que seguirá trabalhando para fortalecer o bolsonarismo em Pernambuco e no Brasil. A declaração também soa como um recado aos que tentam enfraquecê-lo dentro do partido, deixando evidente que não pretende recuar diante das articulações da cúpula nacional.
Outro ponto que chamou atenção foi a ausência do grupo Ferreira durante a visita de Bolsonaro ao estado. Gilson Machado afirmou que fez questão de convidar diversas lideranças conservadoras, entre elas Clarissa Tércio, Junior de Tércio, Michele e Cleiton Collins, garantindo espaço a todos no evento. O ex-ministro destacou que, mesmo com o convite aberto, algumas figuras do PL preferiram não comparecer, o que para ele reforça a ideia de que o bolsonarismo não depende de um partido específico para existir.
O episódio evidenciou ainda mais a disputa interna no PL de Pernambuco e o distanciamento entre Gilson Machado e Anderson Ferreira. Para Machado, o movimento conservador que Bolsonaro lidera no estado tem força própria e não está restrito a uma única legenda. Ele finalizou reafirmando que sua prioridade é fortalecer o ex-presidente e garantir que o bolsonarismo continue sendo uma força política expressiva, independentemente das decisões da cúpula do PL.
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