segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

LULA DEVE VOLTAR AS "CARAVANAS DA CIDADANIA"

A queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem levado o Planalto a considerar estratégias para reverter o cenário apontado pelas pesquisas. Entre as possibilidades, uma das mais discutidas é a retomada das "Caravanas da Cidadania", uma prática que marcou a trajetória de Lula nos anos 90 e que foi fundamental para consolidar sua conexão com os eleitores de baixa renda. O objetivo central seria levar o presidente de volta às ruas, promovendo encontros diretos com a população em diferentes regiões do país, especialmente no Norte e Nordeste, onde há sinais de insatisfação com o governo. Essas viagens permitiriam não apenas reforçar a imagem do presidente, mas também divulgar de maneira mais próxima e efetiva as ações do governo para conter a inflação e estimular o crescimento econômico. A expectativa é de que, ao lado de governadores e lideranças locais, Lula consiga ampliar sua base de apoio, aproximando-se de setores mais amplos do espectro político, incluindo partidos de centro. No Palácio do Planalto, há um diagnóstico claro de que o governo precisa superar o chamado "algoritmo do pessimismo", fenômeno que, segundo auxiliares presidenciais, tem dificultado a percepção de avanços econômicos e sociais por parte da população. A avaliação é de que, apesar dos dados positivos sobre emprego e investimentos, esses resultados não têm sido devidamente absorvidos pelo eleitorado, o que alimenta um ciclo de desconfiança e insatisfação. A estratégia das caravanas surge, portanto, como um esforço para resgatar a narrativa de proximidade popular que sempre acompanhou a trajetória política do presidente. Além disso, permitiria reforçar o discurso de que o governo está empenhado em enfrentar os desafios econômicos de forma ativa, demonstrando preocupação com as dificuldades do cotidiano da população. Os detalhes sobre o formato e a agenda das viagens ainda estão sendo definidos, mas a ideia de percorrer cidades do interior e promover diálogos diretos com a população já encontra apoio entre setores do governo e do PT. A aposta é de que a presença física do presidente, aliada a uma comunicação mais direta, possa reverter o quadro de queda na aprovação e recolocar o governo em uma posição mais favorável no debate público.

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