quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

MINISTRO JOSÉ MÚCIO DEFENDE PENAS DIFERENTES PARA OS CONDENADOS DOS ATOS GOLPISTAS

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, defendeu a aplicação de penas diferentes para os envolvidos nos ataques de 8 de Janeiro de 2023. Para ele, a soltura de inocentes ou de pessoas com menor participação nos atos ajudaria a pacificar o país. Durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite de segunda-feira (10), Múcio afirmou que o Brasil precisa superar o radicalismo e que a busca por culpados tem sido um problema constante. Ele reforçou a necessidade de dosimetria nas punições, ressaltando que há diferenças entre aqueles que financiaram ou organizaram os ataques e os que apenas estiveram presentes sem grande envolvimento. Embora tenha utilizado o termo “golpe”, evitou afirmar categoricamente que houve uma tentativa de ruptura institucional, ponderando que isso só poderá ser definido com as investigações. O ministro disse que a decisão sobre uma eventual anistia cabe ao Congresso e alertou que o revanchismo não deve ser um caminho a ser seguido. Segundo ele, há uma distinção clara entre os que participaram ativamente da depredação dos prédios dos Três Poderes e os que apenas acompanharam os acontecimentos. Ele citou como exemplo que não se pode aplicar a mesma pena a quem quebrou uma cadeira e a quem planejou o ataque. Durante a entrevista, Múcio também abordou a necessidade de identificar os verdadeiros responsáveis e eliminar as suspeitas sobre as Forças Armadas. Para ele, quem organizou os atos golpistas não estava presente no dia dos ataques e acabou deixando a execução para manifestantes que se envolveram no quebra-quebra. O ministro destacou que o País precisa encontrar um caminho para pacificação e alertou que o cenário de divisão política e extremismo não pode se perpetuar. Ele reforçou que a distinção entre os participantes dos atos deve ser considerada no momento da aplicação das penas, garantindo que a justiça seja feita sem excessos.

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