A pesquisa do Instituto Genial/Quaest movimentou os bastidores políticos de Pernambuco ao apresentar números inéditos sobre a disputa pelo Governo do Estado. Os dados trouxeram análises que geram otimismo para a governadora Raquel Lyra, que registra uma aprovação de 51% entre os pernambucanos. O índice reflete uma avaliação positiva do seu governo e indica um caminho aberto para o fortalecimento de sua popularidade nos próximos meses. Em comparação com gestões anteriores, o cenário é ainda mais favorável para a tucana, já que, em 2017, o então governador Paulo Câmara, do PSB, registrava apenas 25% de aprovação no mesmo período do seu primeiro mandato, o que reforça que Raquel Lyra possui um capital político relevante para sustentar sua trajetória até 2026. Outro dado que animou a base governista é que 44% dos entrevistados afirmaram acreditar que a governadora merece um novo mandato no Palácio do Campo das Princesas. O número é expressivo, principalmente porque ainda faltam um ano e seis meses para o início oficial da campanha eleitoral e praticamente um ano até que as eleições se tornem o foco principal do debate público. Esse cenário demonstra que há margem para crescimento da gestora, que tem investido em entregas e anúncios de novas ações em diversas regiões do Estado, o que pode consolidar ainda mais sua presença no imaginário do eleitorado. Enquanto Raquel Lyra avança na aceitação popular, o prefeito do Recife, João Campos, enfrenta um movimento oposto, com quedas consecutivas em suas intenções de voto desde janeiro deste ano. A distância que separava o gestor recifense da governadora tem diminuído progressivamente, o que preocupa aliados do PSB e levanta questionamentos sobre os motivos que levaram à perda de apoio expressiva. Desde que passou a se posicionar como potencial candidato ao Governo do Estado, João Campos tornou-se alvo de maior exposição política, situação inédita desde sua chegada à Prefeitura do Recife em 2021. A ascensão de Raquel Lyra e a oscilação de João Campos na disputa estadual são reflexos das movimentações políticas dos últimos meses e da forma como cada gestor tem conduzido suas administrações. A governadora tem imprimido um ritmo intenso de trabalho e presença nas diversas regiões de Pernambuco, reforçando sua imagem como gestora atuante e preocupada em solucionar os desafios herdados de administrações anteriores. A pesquisa Genial/Quaest também trouxe números que demonstram a mudança no cenário eleitoral desde novembro, quando João Campos aparecia com 76% de intenções de voto. Agora, o prefeito do Recife está com 56%, enquanto Raquel Lyra saltou de 15% para 28% no mesmo período. O impacto desse movimento tem sido debatido por lideranças políticas que tentam entender como João Campos perdeu parte da vantagem que mantinha até o final do ano passado, especialmente em um período como o carnaval, em que sua gestão esteve fortemente exposta devido à realização da festa na capital pernambucana. O PSB, que tradicionalmente domina a política estadual, observa atentamente esse cenário de mudança e busca alternativas para conter a ascensão da governadora e estancar a queda de João Campos. A disputa de 2026 se desenha como um embate entre dois expoentes da nova geração de políticos pernambucanos. João Campos carrega o peso do sobrenome Campos, herdeiro do legado do ex-governador Eduardo Campos, e possui forte base na capital. Raquel Lyra, vinda do interior, enfrenta o desafio de consolidar sua liderança em um estado historicamente dominado pelo PSB nos últimos anos. Essa disputa já se desenha como uma das mais acirradas da história recente de Pernambuco, envolvendo dois líderes em ascensão e um cenário político em transformação, onde figuras como Miguel Coelho, Anderson Ferreira e Marília Arraes também buscam consolidar espaço nessa nova configuração política estadual. É isso!
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