quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

PROPOSTA DE TITULO DE CIDADÃO A BOLSONARO EM MORENO É REJEITADA POR 15 DOS 17 VEREADORES

A Câmara de Vereadores de Moreno viveu momentos de tensão na sessão de ontem, quando uma manifestação popular levou à retirada de pauta do projeto de lei que concederia o título de cidadão morenense ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A proposta, apresentada pelo vereador Edilson Matias, conhecido como Calango, do Republicanos, gerou forte reação de setores da sociedade local, culminando em protestos que pressionaram os parlamentares a adiarem a votação. Dos 17 vereadores do município, 15 se posicionaram contrários à homenagem, entre eles Mozart Bruno, do PSD, que reforçou sua oposição à iniciativa. A mobilização contrária ao projeto ecoou fora de Moreno e chegou ao Recife, onde a vereadora Liana Cirne, do PT, comemorou a decisão momentânea da Casa Legislativa. Mesmo com a suspensão da votação, a proposta não foi arquivada definitivamente e voltará à pauta na próxima terça-feira, dia 11, quando novamente será analisada pelos vereadores. A expectativa é de que a sessão da próxima semana seja acompanhada por novos atos e manifestações tanto favoráveis quanto contrários à concessão do título ao ex-presidente, que segue sendo uma figura de forte polarização política no país. O vereador Calango, autor do projeto, ainda não indicou se pretende fazer alguma modificação no texto ou buscar articulação para garantir apoio entre os parlamentares, mas aliados indicam que ele deve manter a proposta nos moldes originais. O cenário político de Moreno, assim como em várias outras cidades do estado, reflete o embate nacional entre forças progressistas e conservadoras, e a homenagem a Bolsonaro se tornou um símbolo dessa disputa local. O episódio também reacendeu discussões sobre a pertinência desse tipo de honraria a figuras políticas de destaque nacional, especialmente em contextos de intensa divisão política. O adiamento da votação não foi suficiente para reduzir as tensões, e a sessão da próxima semana promete ser decisiva para o futuro do projeto, que pode ser aprovado, rejeitado ou até mesmo novamente adiado a depender da mobilização popular e da postura dos vereadores.

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