sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

PSB QUER MAIS ESPAÇOS NA REFORMA MINISTERIAL

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) se movimenta para ampliar sua participação no governo federal em meio à esperada reforma ministerial. Atualmente à frente de dois ministérios — o do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), sob o comando do vice-presidente Geraldo Alckmin, e o do Empreendedorismo, chefiado por Márcio França —, a sigla busca recuperar o espaço que perdeu ao longo do primeiro ano da gestão Lula. A insatisfação entre lideranças do partido não é recente e ganha força nos bastidores, onde se articula a reconfiguração da Esplanada dos Ministérios.  

O PSB iniciou 2023 com um cenário mais favorável, controlando, além do MDIC, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, com Flávio Dino, e a pasta de Portos e Aeroportos, então sob o comando de França. A saída de Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) e a perda de Portos e Aeroportos para o Republicanos reduziram o espaço do partido dentro da estrutura governamental. Desde então, dirigentes da legenda têm reforçado a necessidade de um novo equilíbrio na distribuição de cargos de primeiro escalão, argumentando que o PSB foi fundamental para a vitória de Lula e que sua atual participação no governo não reflete esse peso.  

As movimentações do partido ocorrem em um momento em que o Palácio do Planalto se vê diante da pressão de aliados por mudanças estratégicas que possam fortalecer a base governista no Congresso. A reforma ministerial, já discutida nos corredores de Brasília, deve atender a diferentes siglas que compõem a coalizão, mas a disputa por espaço se mostra intensa. O PSB defende que, com apenas dois ministérios, sua presença no governo está aquém da contribuição eleitoral e política que ofereceu ao presidente.  

Entre os nomes que circulam como possíveis novos ministros da legenda, há expectativa sobre a indicação de quadros com histórico consolidado no partido. No entanto, o avanço das negociações depende do xadrez político que envolve outras legendas de centro e centro-direita, que também buscam ampliar suas fatias no governo. O equilíbrio entre os interesses das siglas e a necessidade do governo em manter a governabilidade tornam o processo de reforma ministerial uma equação complexa, cujas peças se movem conforme os diálogos avançam e as pressões aumentam.

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