sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

RELATÓRIO DO TCE-PE MOSTRA DIVERSAS IRREGULARIDADES EM GLÓRIA DO GOITÁ

A revelação do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco sobre a gestão da ex-prefeita de Glória do Goitá, Adriana Paes, expõe uma série de irregularidades que afetaram diretamente a transição de governo e a continuidade dos serviços públicos no município. O relatório da auditoria aponta omissões graves, descumprimento de normas e falta de transparência, configurando um cenário de descontrole administrativo que trouxe impactos severos para a atual gestão. A Lei Complementar Estadual nº 260/2014 estabelece que a transição de governo deve ocorrer de forma clara, garantindo à nova administração o acesso a todas as informações financeiras e operacionais do município. No entanto, a equipe de Adriana Paes não entregou os documentos necessários dentro do prazo e, quando o fez, apresentou informações incompletas. Esse atraso comprometeu o planejamento da nova gestão, que assumiu sem os dados essenciais para a continuidade dos serviços, além de encontrar os cofres públicos esvaziados. Fornecedores que já aguardavam pagamentos há anos seguem sem receber, o que evidencia o descontrole fiscal e reforça o alerta do TCE-PE para os riscos de paralisação de serviços e dificuldades no pagamento de salários. A auditoria também revelou que contratos de tecnologia da informação foram enviados ao TCE-PE apenas no dia 27 de dezembro, sem qualquer comprovação de que foram repassados ao novo governo municipal, tornando a transição ainda mais nebulosa. Enquanto isso, a ex-prefeita mantém uma postura ativa nas redes sociais, buscando se projetar como referência de transparência e boa gestão, em um contraste evidente com os fatos apontados pelo Tribunal de Contas. O impacto da omissão de informações e da falta de organização reflete diretamente na população, que sente os efeitos de uma administração que não preparou adequadamente a passagem de comando, dificultando o início do novo governo. O relatório detalhado do TCE-PE agora serve como um instrumento fundamental para que medidas corretivas sejam adotadas e que a nova gestão possa reverter os prejuízos causados pelo descaso na transição. Enquanto isso, as dúvidas sobre o que motivou a ocultação de informações e a resistência em cumprir os protocolos legais permanecem no ar, levantando questionamentos sobre o que, de fato, se tentou esconder da população e dos órgãos fiscalizadores.

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