terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

SOCORRO PIMENTEL ESTRÉIA NA TRIBUNA METRALHANDO

A nova líder do Governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputada Socorro Pimentel (UB), não economizou palavras em seu primeiro discurso no cargo. Em um pronunciamento que reverberou pelos corredores da Casa, a parlamentar trouxe à tona o descontentamento da base governista com a recente vitória da oposição na disputa pelo comando das três principais comissões da Alepe. Mais do que uma manifestação de insatisfação, suas palavras traduziram um clima de frustração que ainda paira sobre o Palácio do Campo das Princesas.  

Sem rodeios, Socorro mirou críticas até mesmo dentro do próprio partido, evidenciando fissuras na condução política que levaram à derrota do grupo governista. O tom foi duro, e a deputada não hesitou em classificar episódios internos como machistas e reveladores de uma violência de gênero velada, trazendo para o centro do debate uma questão que vai além da simples composição de forças na Casa Joaquim Nabuco. Seu discurso, além de marcar posição como liderança, expôs um racha que o Governo tenta administrar diante do revés na Alepe.  

A antecipação do debate sobre 2026 também foi alvo de sua fala. A deputada demonstrou incômodo com movimentações políticas que, segundo ela, estão desestabilizando o ambiente legislativo e comprometendo o foco nas pautas de interesse da população. Seu recado foi direto e ressoou tanto entre aliados quanto entre adversários, indicando que sua liderança não será meramente protocolar, mas, sim, combativa e disposta a enfrentar as turbulências que cercam o Governo na relação com o parlamento.  

A insatisfação da base aliada ficou evidente, e o tom adotado por Socorro Pimentel serviu como um desabafo coletivo. Sua atuação como líder se inicia em meio a um cenário de desafios, em que a governadora Raquel Lyra precisa reorganizar suas estratégias para garantir a governabilidade diante de uma oposição que demonstra força e articulação. O primeiro pronunciamento da deputada sinaliza que os próximos embates na Alepe serão marcados por discursos incisivos e disputas acirradas, com reflexos diretos na condução política do Estado.

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