A expectativa em torno do julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro ganha contornos decisivos, com o Supremo Tribunal Federal preparando-se para analisar o caso ainda em março. A Primeira Turma da Corte será responsável por decidir se aceita a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, tornando Bolsonaro e os outros 33 investigados réus no processo. O avanço do caso ocorre em meio à fase de contestações das defesas, que devem ser entregues até os dias 6 e 7 de março. O material será encaminhado ao procurador-geral Paulo Gonet, que terá até cinco dias para apresentar sua resposta, antes que o ministro Alexandre de Moraes libere a ação para julgamento. Caberá ao ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, definir a data da sessão, com a sinalização de que não haverá atrasos no trâmite. A possibilidade de um desfecho ainda este ano é vista como essencial, tanto pelo Supremo quanto pela PGR, evitando que o caso se arraste até 2026, ano eleitoral. Nos bastidores, a movimentação sinaliza um esforço para que o processo siga seu curso dentro dos prazos considerados razoáveis, garantindo que a análise de mérito, seja para condenação ou absolvição, ocorra sem interferências externas. A denúncia aponta uma suposta tentativa de golpe, o que confere ao caso um peso político e institucional relevante. A condução do julgamento pela Primeira Turma deve se dar em um ambiente de alta expectativa, tanto do meio jurídico quanto da sociedade, com repercussões que podem influenciar o cenário político nos próximos anos.
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