sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025
TABATA GANHA FORÇA PARA VIRAR MINISTRA
A possibilidade de a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) assumir o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação no governo Lula voltou a ganhar força nos bastidores de Brasília. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já vinha sendo pressionado a fazer mudanças na equipe ministerial, encontrou mais um motivo para considerar a nomeação da parlamentar. O nome da deputada já circulava como possível escolha para a pasta há algumas semanas, mas agora a movimentação tem um novo fator estratégico. A indicação de Tabata ao ministério poderia resultar no retorno de Rodrigo Agostinho à Câmara dos Deputados. Agostinho, que atualmente preside o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), é o primeiro suplente de Tabata e, caso ela deixe o Congresso para assumir um cargo no Executivo, automaticamente recuperaria sua cadeira na Casa Legislativa. A movimentação ganha ainda mais relevância após recentes declarações de Lula sobre entraves na liberação da exploração de petróleo na Margem Equatorial, especialmente na Bacia da Foz do Amazonas. O presidente fez críticas diretas ao Ibama, afirmando que o órgão ambiental mantém um “lenga-lenga” na liberação das licenças para a Petrobras. As declarações de Lula indicam insatisfação com a condução do tema e aumentam as especulações de que Agostinho possa ser substituído na presidência do Ibama. Nesse contexto, a saída de Tabata para o ministério resolveria dois problemas de uma só vez para o Palácio do Planalto. Além de fortalecer a presença do PSB no primeiro escalão do governo, agradando a legenda que já ocupa o Ministério de Portos e Aeroportos com Silvio Costa Filho, a movimentação permitiria que Agostinho deixasse o Ibama sem que o governo precisasse fazer uma demissão direta. O presidente do Ibama tem sido alvo de pressões tanto de ambientalistas, que defendem uma posição mais rígida contra a exploração de petróleo em áreas sensíveis, quanto da ala desenvolvimentista do governo, que quer acelerar investimentos na produção energética. A eventual nomeação de Tabata também tem impacto na política paulista e na relação do governo federal com o prefeito do Recife, João Campos. Namorada do gestor pernambucano, a deputada consolidou sua trajetória política no PSB, partido que busca ampliar seu espaço na Esplanada dos Ministérios e reforçar sua posição no xadrez nacional de 2026. O futuro de Tabata como ministra, no entanto, ainda depende de ajustes internos dentro do governo e de uma decisão final de Lula sobre possíveis mudanças ministeriais.
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