O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, afirmou que a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para determinados alimentos pode ter um impacto positivo no preço dos produtos em um período mais curto. Em entrevista concedida nesta segunda-feira (10) à rádio CBN, ele destacou que a proposta não é obrigatória, mas pode ser adotada pelos estados conforme suas realidades fiscais. Segundo Alckmin, a medida tem caráter transitório e pode ser um alívio temporário para os consumidores enquanto o cenário econômico se estabiliza. O vice-presidente citou fatores como a cotação do dólar e a expectativa de uma safra recorde como influências que podem contribuir para a redução dos preços nos próximos meses. O governo federal, em decisão tomada no dia 6 de março, zerou o imposto de importação de nove produtos considerados essenciais para o consumo da população. Entre os itens incluídos na medida estão azeite, óleo de girassol, milho, sardinha, biscoitos, massas alimentícias, café, carnes e açúcar. A iniciativa, no entanto, gerou debate sobre sua efetividade na redução dos preços, já que muitos desses produtos são de produção nacional. Alckmin rebateu as críticas e defendeu que a isenção do ICMS pode ter um efeito direto sobre a inflação de curto prazo, desde que aplicada a produtos estratégicos. O governador do Piauí, Rafael Fonteles, foi um dos primeiros a anunciar adesão à proposta, informando que, a partir do próximo mês, boa parte da cesta básica terá o ICMS zerado no estado. A declaração do vice-presidente reforça a importância da colaboração entre União e estados na adoção de medidas que possam amenizar o impacto da inflação nos alimentos.
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