segunda-feira, 24 de março de 2025

AVANTE OFICIALMENTE NO GOVERNO RAQUEL LYRA


O Avante deu um passo significativo no governo de Raquel Lyra com a posse do ex-prefeito de Custódia, Emmanuel Fernandes, o Manuca, na Secretaria Estadual de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo. A cerimônia, que ocorreu no Palácio do Campo das Princesas, contou com a presença marcante do deputado federal Waldemar Oliveira e do presidente do Avante em Pernambuco, Sebastião Oliveira. Ambos destacaram a importância da movimentação para o fortalecimento do partido e do governo estadual, com Sebá enfatizando o trabalho de articulação política realizado dentro do grupo.

A chegada de Manuca ao governo de Raquel Lyra não é apenas um marco pessoal, mas também a entrada formal do Avante no cenário político estadual. O partido, que até então não tinha uma presença significativa na administração estadual, vê no novo secretário uma oportunidade para expandir sua influência e consolidar sua atuação em Pernambuco. Além disso, a legenda ainda deverá indicar o novo administrador do Arquipélago de Fernando de Noronha, o que fortalece ainda mais a presença do Avante na gestão estadual.

Waldemar Oliveira, em seu discurso, tratou a nomeação de Manuca como um "presente" do Avante para o governo estadual. A atuação do Avante na política pernambucana foi construída com o consenso dentro da própria base, conforme relatado por Sebastião Oliveira. Ele ressaltou que o movimento teve a aprovação de grande parte do partido e que foi fruto de um mês de diálogo e construção política. De acordo com o presidente do Avante, o fortalecimento da legenda está diretamente ligado ao apoio à governadora Raquel Lyra, reconhecendo a importância de uma aliança que vise a estabilidade e o desenvolvimento de Pernambuco.

O anúncio de que o Avante estaria se distanciando do governo João Campos, no entanto, gerou algumas repercussões no cenário político local. Waldemar Oliveira explicou, em entrevista, que a aliança entre o partido e o PSB foi exclusivamente voltada para a reeleição do prefeito de Recife em 2024 e que não havia qualquer compromisso com o PSB para as eleições estaduais. Segundo ele, o partido cumpriu todos os acordos feitos com o prefeito João Campos e não há nenhum ressentimento em relação à sua gestão. Waldemar destacou que a relação com o prefeito continua sendo muito boa, e não há motivos para questionar ou criticar o desempenho do atual gestor da capital.

Nos bastidores, o rompimento do Avante com o governo João Campos foi interpretado por muitos como resultado de um avanço do PSB em algumas bases que tradicionalmente eram aliadas de Waldemar. A movimentação de Pedro Campos, deputado do PSB, para ganhar apoio em regiões do estado que eram consideradas bases do Avante, teria sido o principal fator por trás da decisão de romper a aliança. Embora Waldemar Oliveira não tenha confirmado ou negado o incômodo com a situação, ele fez questão de deixar claro, em suas declarações, que a política é um campo dinâmico e que, assim como qualquer outro parlamentar, Pedro Campos tem o direito de atuar em regiões que considera estratégicas. Ele, por sua vez, também tem liberdade para atuar nas bases de outros deputados, sinalizando que a política é um jogo de movimentações constantes e de alianças mutáveis.

Esse movimento também foi interpretado como um reflexo das tensões internas dentro do PSB, especialmente com o crescimento de figuras como Pedro Campos, que buscam expandir sua influência nas bases do interior do estado. O distanciamento entre o Avante e o PSB, embora polêmico, pode ser visto como uma estratégia de fortalecimento do partido, que agora busca um alinhamento mais direto com o governo Raquel Lyra, apostando em uma administração estadual que, segundo Waldemar, representa a continuidade e o progresso para Pernambuco. O Avante, portanto, se posiciona como uma força política independente, mas alinhada com os interesses do estado e com a expectativa de um futuro político promissor.

Essa movimentação política não é apenas uma mudança na composição do governo estadual, mas também um reflexo das constantes negociações e reconfigurações de poder que caracterizam o cenário político de Pernambuco. O Avante, ao fazer sua estreia oficial no governo Raquel Lyra, sinaliza a disposição de se consolidar como uma peça chave nas próximas eleições e nas decisões políticas do estado, ao mesmo tempo em que reafirma sua independência em relação ao PSB.

Informações do Blog Cenário 

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