terça-feira, 25 de março de 2025

BARRAGEM DE JUCAZINHO ENFRENTA PRÉ-COLAPSO

A crise hídrica no Agreste de Pernambuco atinge um ponto crítico, com a Barragem de Jucazinho, um dos maiores reservatórios da região, entrando em uma situação de pré-colapso. Com apenas 4,6% de sua capacidade de armazenamento, o reservatório, localizado no município de Surubim, tem refletido a gravidade da estiagem prolongada que afeta as cidades ao redor. A Barragem de Jucazinho, com capacidade para armazenar mais de 327 milhões de metros cúbicos de água, abastece 14 municípios, incluindo Caruaru, Surubim, Toritama, Bezerros e Gravatá. Em Bezerros, a situação é alarmante, pois parte da população está sem água nas torneiras há mais de dois meses.

Em resposta à crise, o Governo Federal declarou estado de emergência em Caruaru no dia 18 de março, buscando medidas emergenciais para minimizar os efeitos da seca na região. Dentre as ações adotadas, destaca-se a transposição das águas do Rio São Francisco para a Estação de Tratamento de Água (ETA) Salgado, via a nova Adutora do Agreste. Este projeto tem como objetivo fornecer 400 litros de água por segundo para o Sistema Adutor de Jucazinho, ajudando a aliviar a situação. A nova adutora será instalada com três quilômetros de extensão, permitindo a chegada de mais água ao sistema que abastece milhares de pessoas.

Para garantir o fornecimento de água em condições extremas, também estão previstas a instalação de duas balsas na Barragem de Jucazinho, caso o nível de armazenamento continue a cair e chegue a 3% da capacidade. Essas balsas serão essenciais para garantir que a água seja transportada para as áreas mais críticas, evitando que a situação se agrave ainda mais.

A situação de Jucazinho é um reflexo das condições climáticas severas que têm afetado o Agreste pernambucano. A falta de chuvas tem prejudicado diretamente a capacidade de abastecimento, fazendo com que as autoridades locais e federais busquem alternativas para evitar o colapso total do sistema hídrico da região. A dependência de recursos hídricos externos, como a água transposta do São Francisco, se tornou cada vez mais vital para o abastecimento da população, enquanto a esperança de que as chuvas voltem a regularizar a situação parece distante.

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