segunda-feira, 10 de março de 2025

CAEM OS NÚMEROS DE CASOS DE DENGUE NO BRASIL

Os primeiros meses de 2025 trouxeram uma queda expressiva nos casos de dengue no Brasil em comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com dados do Ministério da Saúde, foram registrados 502 mil casos prováveis da doença, número significativamente menor do que os 1,6 milhão contabilizados no mesmo intervalo de tempo em 2024. A redução, de 68,6%, representa um alívio após a pior epidemia da história do país. O impacto também se refletiu na mortalidade, com 235 óbitos confirmados e 491 em investigação. No ano passado, as mortes confirmadas chegaram a 1.356, além de outras 85 que estavam em análise, o que significa uma redução de 82% no número de vítimas fatais.  

Ainda que os números mostrem uma melhora em relação a 2024, a quantidade de infectados permanece alta quando comparada a outros anos. Em 2023, por exemplo, os dois primeiros meses haviam contabilizado 261 mil casos prováveis e 189 mortes confirmadas, além de outras 13 em investigação. O cenário atual, portanto, representa um aumento de 93% no número de infecções em relação àquele ano, o que reforça a necessidade de manter os cuidados preventivos.  

A região Sudeste concentrou a maior parte dos registros nos primeiros meses de 2025, totalizando 367 mil casos prováveis e 191 mortes confirmadas. Somente no estado de São Paulo foram contabilizados 291 mil casos e 176 mortes, tornando-se o epicentro da doença no país. O cenário acende um alerta para a necessidade de ações específicas nas áreas mais afetadas.  

A dinâmica da dengue no Brasil tem sido influenciada pela circulação de diferentes sorotipos do vírus. O Ministério da Saúde destaca que a introdução de um novo sorotipo pode desencadear epidemias significativas, como aconteceu entre 2000 e 2002, quando o sorotipo 3 chegou ao país e impulsionou o aumento expressivo de casos. A vigilância sobre a mutação e a circulação do vírus segue sendo uma das principais estratégias para o controle da doença.  

A redução expressiva dos casos e mortes entre 2024 e 2025 sugere que as medidas de combate e prevenção surtiram efeito, mas a alta na comparação com 2023 demonstra que a dengue ainda é uma preocupação de saúde pública. Com a chegada de períodos mais chuvosos em algumas regiões e a permanência de fatores ambientais que favorecem a proliferação do Aedes aegypti, o risco de novas ondas da doença segue presente. A necessidade de conscientização da população e investimentos contínuos em estratégias de controle vetorial são fundamentais para evitar que a dengue volte a atingir números alarmantes nos próximos meses.

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