Ainda que os números mostrem uma melhora em relação a 2024, a quantidade de infectados permanece alta quando comparada a outros anos. Em 2023, por exemplo, os dois primeiros meses haviam contabilizado 261 mil casos prováveis e 189 mortes confirmadas, além de outras 13 em investigação. O cenário atual, portanto, representa um aumento de 93% no número de infecções em relação àquele ano, o que reforça a necessidade de manter os cuidados preventivos.
A região Sudeste concentrou a maior parte dos registros nos primeiros meses de 2025, totalizando 367 mil casos prováveis e 191 mortes confirmadas. Somente no estado de São Paulo foram contabilizados 291 mil casos e 176 mortes, tornando-se o epicentro da doença no país. O cenário acende um alerta para a necessidade de ações específicas nas áreas mais afetadas.
A dinâmica da dengue no Brasil tem sido influenciada pela circulação de diferentes sorotipos do vírus. O Ministério da Saúde destaca que a introdução de um novo sorotipo pode desencadear epidemias significativas, como aconteceu entre 2000 e 2002, quando o sorotipo 3 chegou ao país e impulsionou o aumento expressivo de casos. A vigilância sobre a mutação e a circulação do vírus segue sendo uma das principais estratégias para o controle da doença.
A redução expressiva dos casos e mortes entre 2024 e 2025 sugere que as medidas de combate e prevenção surtiram efeito, mas a alta na comparação com 2023 demonstra que a dengue ainda é uma preocupação de saúde pública. Com a chegada de períodos mais chuvosos em algumas regiões e a permanência de fatores ambientais que favorecem a proliferação do Aedes aegypti, o risco de novas ondas da doença segue presente. A necessidade de conscientização da população e investimentos contínuos em estratégias de controle vetorial são fundamentais para evitar que a dengue volte a atingir números alarmantes nos próximos meses.
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