Deputado Coronel Meira protagoniza confusão ao tentar entrar em julgamento de Bolsonaro no STF
O deputado federal Coronel Meira (PL-PE) se envolveu em uma confusão nesta terça-feira (25) ao ser impedido de entrar no julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas no Supremo Tribunal Federal (STF). Em um vídeo que circula nas redes sociais, o parlamentar aparece exaltado, discutindo com seguranças e usando palavras de baixo calão para protestar contra a restrição de acesso ao plenário.
Discussão acalorada e tentativa de “carteirada”
Visivelmente irritado, Coronel Meira tentou impor sua entrada reafirmando seu cargo de deputado e sua patente militar. Em meio à discussão com os seguranças do STF, ele disparou:
"Para p*** que pariu, p*! Eu sou coronel, sou deputado. Tem que respeitar nessa p. Ou me respeita ou me respeita. ‘Já está lotado’, vá se f*, p*. Sou coronel, sou deputado”.
A confusão aconteceu antes do início do julgamento da Primeira Turma do STF, que analisava se Bolsonaro e aliados se tornariam réus por associação criminosa e tentativa de golpe de Estado. O caso mobilizou políticos alinhados ao ex-presidente, incluindo Meira e outros parlamentares do PL, que se dirigiram ao tribunal para acompanhar a sessão.
STF nega impedimento por lotação
Diante da repercussão do episódio, a assessoria do STF esclareceu que Meira e outros deputados chegaram atrasados para a sessão da Primeira Turma e, por isso, deveriam aguardar o início da Segunda Turma. O órgão negou que a restrição tenha ocorrido por lotação, como alegado pelo parlamentar.
Após a confusão, a entrada de Meira e seus colegas foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula e integrante da Suprema Corte. O episódio, no entanto, reforçou a tensão entre bolsonaristas e o STF, que já vinha se intensificando ao longo dos últimos anos.
Histórico de embates e reação política
Coronel Meira, conhecido por sua postura combativa e alinhamento com Bolsonaro, tem protagonizado embates com instituições e autoridades. Recentemente, ele criticou decisões do STF que considerou prejudiciais à direita brasileira e defendeu a atuação das Forças Armadas no debate político nacional.
A cena protagonizada por Meira gerou reações distintas. Aliados do deputado argumentam que ele estava apenas reivindicando seu direito de acesso ao julgamento, enquanto adversários políticos apontam a atitude como desrespeitosa e autoritária.
O caso também reacende a discussão sobre o comportamento de parlamentares em espaços institucionais e o uso do cargo para obter privilégios. Até o momento, o deputado não se manifestou publicamente sobre o episódio, mas a repercussão deve continuar gerando debates nos bastidores políticos. É isso ai!
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