Um esquema ilegal de concessão de licenças-prêmio foi descoberto na Diretoria de Recursos Humanos da Polícia Civil de Pernambuco. Nove policiais civis e um perito papiloscopista que teriam sido beneficiados foram denunciados pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) à Justiça.
A coluna Segurança, deste JC, teve acesso com exclusividade aos detalhes da investigação conduzida pelo Grupo de Operações Especiais (GOE). Segundo a denúncia, o comissário Dario Gomes da Paz, lotado na Diretoria de Recursos Humanos, recebia propina em dinheiro para beneficiar profissionais que não atendiam aos requisitos da licença-prêmio estabelecidos em lei estadual.
"Dario Gomes da Paz inseriu dados falsos no sistema eletrônico da Administração Pública, alterando informações essenciais para viabilizar as concessões ilegais.", explicou a denúncia assinada pelo promotor José Edivaldo da Silva.
Na denúncia, o promotor afirmou que todos os denunciados "sabiam das práticas ilícitas e concorreram para o crime ao formularem os requerimentos de licença-prêmio, mesmo estando cientes de suas inabilidades devido às punições administrativas".
O grupo foi denunciado à Justiça pelos crimes de peculato digital, cuja pena pode chegar a 12 anos de prisão e multa, e associação criminosa, com pena variando de um a três anos.
Além de Dario, também foram denunciados Anderson de Lira Ferreira, escrivão; Ismael Martins Dantas, comissário; José Jailson Duarte, comissário; Michel Luiz dos Santos, comissário; Pedro Marques de Holanda, escrivão; Paulo Tarso Medeiros de Paula, agente de polícia; Wandegleison da Silva Batista, comissário; Rafael Machado Bezerra Ferreira, comissário; e Carlos Eduardo da Silva Alves, perito papiloscopista.
Além do processo criminal, os dez denunciados estão sob a mira da Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS). Um processo administrativo está em curso.
Para mais informações, acesse JC.COM.BR
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