O ex-vereador de Tupanatinga, Luciano de Souza Cavalcanti, de 59 anos, está preso preventivamente após ser acusado de atirar em uma mulher dentro de um motel em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, no dia 6 de março de 2025. As imagens de câmeras de segurança do local mostram Luciano retirando uma arma da cueca e disparando contra a vítima na área comum do motel. Outras duas mulheres estavam presentes no momento do incidente, mas não foram feridas. Elas haviam ido ao estabelecimento para acompanhar a situação, conforme depoimentos obtidos pela polícia.
A defesa de Luciano apresentou um diagnóstico de esquizofrenia paranoide, que foi confirmado por um laudo médico. De acordo com o documento, ele vem sofrendo de surtos alucinatórios e crises de perseguição desde novembro de 2024 e, por isso, utiliza medicamentos controlados. Além disso, Luciano também tem um histórico de diabetes mellitus, condição que, segundo outro laudo, gera complicações relacionadas à dificuldade no controle da doença, o que resulta em alto risco de sangramentos e infecções.
Em decorrência dessa situação, a defesa solicitou que Luciano receba os cuidados médicos necessários dentro da unidade prisional. O juiz Gabriel Ferreira Ribeiro Gomes, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), acatou a solicitação e determinou que o presídio providenciasse a assistência adequada para tratar tanto da esquizofrenia quanto da diabetes de Luciano.
O ex-vereador já possui um histórico de acusações graves, incluindo um caso de duplo homicídio, o que levantou preocupações sobre a sua periculosidade. Mesmo assim, a defesa argumenta que o estado de saúde mental de Luciano pode ter influenciado seu comportamento no momento do ataque. Não obstante, a prisão preventiva foi mantida, considerando a gravidade do ato e o risco que o acusado representa para a sociedade.
Procurado pelo Diário de Pernambuco, o advogado de Luciano, Daniel Holanda, optou por não se pronunciar sobre o caso até o momento. A situação gerou repercussão na cidade e gerou discussões sobre o equilíbrio entre a responsabilidade penal e a saúde mental de acusados em situações semelhantes. O caso ainda segue em investigação, e novos desdobramentos podem ocorrer conforme a Justiça analisa os aspectos legais e médicos envolvidos.
Informações do Diário de Pernambuco
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