O deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa para defender Eduardo Bolsonaro (PL-SP) diante do pedido de apreensão de seu passaporte feito por parlamentares petistas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Durante seu discurso, Feitosa classificou a solicitação como perseguição política e destacou que Eduardo foi eleito com 1,8 milhão de votos, o que, segundo ele, demonstra o respaldo popular ao deputado federal. O parlamentar ressaltou que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro tem sido alvo de ataques por defender a liberdade de expressão no Brasil e questionou a diferença de tratamento entre casos políticos distintos no país.
Enquanto Feitosa discursava na Assembleia Legislativa de Pernambuco, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestava-se contra o pedido de apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro. Em parecer enviado ao STF, Gonet afirmou que a representação assinada por deputados do PT não apresenta “elementos informativos mínimos” para enquadrar o parlamentar nos crimes apontados. A manifestação do chefe da PGR fortaleceu a defesa do filho de Bolsonaro, afastando, pelo menos momentaneamente, o risco de restrições à sua liberdade de locomoção.
No plenário, Feitosa relembrou um episódio envolvendo a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT), ex-senadora e atual presidente nacional do Partido dos Trabalhadores. O parlamentar destacou que Gleisi defendeu publicamente, no exterior, o então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando ele estava condenado em três instâncias, sem que houvesse qualquer solicitação de apreensão de seu passaporte. Feitosa apontou essa diferença de abordagem como um exemplo de “dois pesos e duas medidas” na condução de questões políticas e jurídicas no Brasil.
O deputado estadual também mencionou que Eduardo Bolsonaro tem sofrido perseguições por sua proximidade com líderes da direita internacional, incluindo aliados do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Recentemente, Eduardo esteve reunido com apoiadores de Trump para discutir estratégias de combate ao que chamou de perseguição política contra seu pai, Jair Bolsonaro. Para Feitosa, esse encontro foi utilizado como justificativa para pedidos de restrições contra o parlamentar brasileiro, o que, segundo ele, demonstra um cerceamento de direitos e uma tentativa de calar opositores ao atual governo.
O próprio Eduardo Bolsonaro utilizou as redes sociais para anunciar que pretende se afastar das atividades na Câmara dos Deputados e morar temporariamente nos Estados Unidos. A decisão foi divulgada no mesmo dia da manifestação da Procuradoria-Geral da República contra a apreensão de seu passaporte. Nos últimos meses, Eduardo tem intensificado suas viagens internacionais e sua participação em eventos de direita fora do Brasil, o que tem gerado especulações sobre seus próximos passos políticos. A notícia de sua mudança reforça a tese de que há um ambiente desfavorável para a oposição no país, conforme argumentado por Feitosa durante seu pronunciamento.
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