O senador Humberto Costa foi confirmado, nesta quinta-feira (20), como presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) pelo Diretório Nacional da legenda, consolidando a decisão tomada pela Executiva Nacional no último dia 7. O parlamentar pernambucano, que exercia o cargo de forma interina desde a nomeação de Gleisi Hoffmann para o Ministério das Relações Institucionais, agora assume definitivamente a liderança do partido. Logo após a formalização de seu nome, Humberto recebeu, na sede do PT em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para uma reunião que abordou a conjuntura econômica do país e os impactos da nova proposta de reforma tributária enviada pelo governo Lula ao Congresso Nacional. Durante o encontro, Haddad detalhou a proposta do governo federal que prevê a isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais e a redução da alíquota para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil. Segundo o ministro, a medida beneficia diretamente 90% dos contribuintes brasileiros que atualmente pagam imposto de renda como pessoa física. O presidente nacional do PT destacou a importância da iniciativa como um avanço na justiça tributária e um compromisso de campanha do presidente Lula, enfatizando que a isenção permitirá que milhões de brasileiros tenham mais poder de compra e qualidade de vida. A proposta prevê que o impacto fiscal estimado em R$ 25,8 bilhões será compensado por uma tributação progressiva sobre os mais ricos, atingindo aqueles que ganham a partir de R$ 600 mil anuais, com alíquotas que chegam a 10% para quem ultrapassa a renda de R$ 1,2 milhão por ano. Humberto Costa ressaltou que a mudança no imposto de renda representa a maior alteração no IRPF da história recente do Brasil, corrigindo distorções e tornando o sistema mais equilibrado. O senador pontuou que aproximadamente 140 mil pessoas que estão na faixa mais alta de renda pagarão mais impostos para que cerca de 10 milhões de brasileiros sejam beneficiados com a redução da carga tributária. Ele destacou que, para trabalhadores que hoje pagam imposto de renda e recebem até R$ 5 mil, a economia gerada pela isenção significará, na prática, o equivalente a um salário a mais ao longo do ano, aliviando o orçamento familiar e garantindo maior capacidade de consumo.
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