O pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do médico pediatra Fernando Cunha Lima foi negado pela Justiça, que determinou ainda sua transferência de Pernambuco para um presídio na Paraíba no prazo de 30 dias. A decisão foi assinada na última quarta-feira (19) pelo juiz Luiz Eduardo Souto Cantalice. A defesa do médico alegou que a transferência para a Paraíba coloca sua vida em risco e argumentou que ele deveria permanecer preso em Pernambuco caso a prisão domiciliar não fosse concedida. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) já havia se manifestado contra a prisão domiciliar e solicitado a transferência do acusado para o estado. Nos autos do processo, os advogados do médico justificaram o pedido alegando que ele tem idade avançada e enfrenta problemas de saúde, o que, segundo a defesa, comprometeria sua permanência no sistema prisional. O magistrado rejeitou os argumentos, destacando que a idade avançada não é um critério suficiente para justificar a concessão da prisão domiciliar. Acrescentou ainda que, conforme apontam as investigações, o acusado apresenta um grau de periculosidade que não pode ser desconsiderado e que não há provas de que suas condições de saúde não possam ser tratadas dentro do sistema prisional. A decisão também ressaltou que a transferência do médico para a Paraíba é necessária para garantir o andamento das investigações e o exercício da jurisdição pelo juízo competente.
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