terça-feira, 18 de março de 2025

REVIRAVOLTA - MPPE DEVOLVE INQUÉRITO A POLÍCIA CIVIL E PEDE QUE SE INVESTIGUE A MÃE DO MENINO MORTO EM TABIRA

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) devolveu à Polícia Civil o inquérito que apura o assassinato de Arthur Ramos Nascimento, um menino de 2 anos, ocorrido em Tabira, Sertão do estado, no dia 16 de fevereiro de 2025. O promotor de Justiça Rennan Fernandes de Souza solicitou novas diligências, incluindo investigações sobre o possível envolvimento da mãe da criança no crime. A decisão veio após a Polícia Civil concluir, na última segunda-feira (17), que o caso envolvia Antônio Lopes Severo, 42 anos, e Giselda da Silva Andrade, 30, sendo ambos indiciados por homicídio.

Arthur foi encontrado gravemente ferido na tarde do crime, quando estava sob a guarda de Antônio e Giselda, a pedido de sua mãe, que, de acordo com a polícia, havia viajado a trabalho. Inicialmente, a investigação indicou que a mãe do menino não tinha relação com o crime, sendo excluída das apurações. No entanto, o promotor explicou que ainda era necessário esclarecer as circunstâncias e motivações do homicídio, além de examinar a participação da genitora no episódio.

Após o crime, Antônio e Giselda foram capturados pela polícia em uma área rural de Carnaíba, também no Sertão. Durante o transporte até a Delegacia de Tabira, uma multidão parou a viatura e agrediu violentamente os suspeitos. Antônio Lopes Severo não resistiu aos ferimentos e morreu vítima de linchamento, enquanto Giselda sofreu ferimentos graves.

O promotor Rennan Fernandes destacou a complexidade do caso e a necessidade de expandir a investigação para compreender todos os detalhes do crime e determinar a responsabilidade de cada envolvido. Ele afirmou que as novas diligências serão fundamentais para desvendar os fatos e assegurar que a justiça seja feita. A devolução do inquérito à Polícia Civil representa um esforço contínuo na busca pela verdade e pela responsabilização dos culpados.

Além disso, a investigação seguirá com foco na apuração do papel da mãe de Arthur na tragédia. A solicitação do MPPE para novas diligências reflete a preocupação com a profundidade da apuração, que busca compreender todos os elementos do caso. O promotor reafirmou que o trabalho de investigação não será interrompido até que a motivação do crime e as circunstâncias que envolveram a morte do menino sejam totalmente esclarecidas.

Enquanto isso, a população local segue acompanhando o caso, com uma atenção especial às reações em torno do linchamento de Antônio. A violência do ato gerou indignação e repercutiu em toda a região, deixando a sociedade em um estado de choque diante da crueldade do assassinato de uma criança e do linchamento subsequente dos suspeitos. O caso permanece em investigação, com a promessa de que todas as responsabilidades serão atribuídas, e a justiça será feita em nome da vítima e da sua família.

Nenhum comentário: