segunda-feira, 10 de março de 2025

SEM RAQUEL, PSDB ENCOLHE

A mudança partidária de Raquel Lyra reconfigura o mapa político nacional e enfraquece ainda mais o PSDB, que, após a derrota histórica nas eleições de 2022, vê seu espaço se reduzir a apenas dois governadores: Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, e Eduardo Riedel, no Mato Grosso do Sul. A governadora de Pernambuco, eleita pelo PSDB, já vinha sendo cortejada pelo PSD há meses, e sua migração fortalece a sigla de Gilberto Kassab, que agora passa a contar com três chefes de Executivos estaduais: Ratinho Júnior, no Paraná, Fábio Mitidieri, em Sergipe, e a própria Raquel. A movimentação política da governadora pernambucana não surpreende, já que, desde o início de seu mandato, ela buscava uma aproximação com o governo Lula, estratégia que encontrou barreiras dentro do PSDB, partido que adota uma postura oposicionista em relação ao Palácio do Planalto. O PSD, por outro lado, ocupa três ministérios no governo federal e se consolidou como uma legenda de perfil pragmático, transitando entre diferentes espectros políticos conforme as conveniências regionais. O movimento de Raquel também reflete a realidade política de Pernambuco, onde Lula obteve uma votação expressiva em 2022, com amplo apoio popular. O desgaste do PSDB, que já foi um dos principais partidos do país e chegou a eleger dois presidentes da República, se aprofundou nos últimos anos com a perda de relevância eleitoral e de lideranças históricas, e a saída da governadora de Pernambuco evidencia esse declínio. A decisão de Raquel de se alinhar ao PSD tem implicações tanto no cenário nacional quanto estadual, pois pode facilitar a chegada de recursos federais para Pernambuco e fortalecer alianças estratégicas em sua gestão. A movimentação reforça o crescimento do PSD como uma das principais forças políticas do país, ampliando sua presença em governos estaduais e consolidando sua influência junto ao Planalto.

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