Tarcísio, ao lado de Bolsonaro, demonstrou um discurso enfático em favor da anistia, afirmando que estava ali para “pedir, lutar e mostrar que todos estamos juntos para exigir a anistia daqueles inocentes que receberam penas desarrazoadas”. Durante sua fala, o governador paulista também criticou as políticas econômicas do governo Lula, acusando-o de promover um aumento nos gastos públicos. Ele fez questão de ressaltar que a gestão de Bolsonaro teria sido mais eficiente em termos econômicos, sugerindo que a atual crise de custos é um reflexo do governo petista. A manifestação reuniu diversas lideranças políticas e cerca de 18,3 mil pessoas, conforme estimativas da organização do evento.
A viagem de Tarcísio ao Rio de Janeiro foi feita em uma aeronave Beech King Air, de prefixo PR-ESP, pertencente à Polícia Militar de São Paulo. O voo teve início no aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, às 18h09 do sábado, 15 de março, e chegou ao aeroporto de Jacarepaguá, no Rio, cerca de uma hora depois. O governador permaneceu na cidade até o domingo, quando discursou na manifestação antes de retornar à capital paulista. O voo de volta decolou às 16h25, com chegada prevista para as 17h33.
Tarcísio ainda foi recebido com entusiasmo no hotel onde Bolsonaro estava hospedado, sendo ovacionado por apoiadores ao chegar no saguão. A presença do governador paulista no evento gerou discussões sobre a legalidade e a moralidade do uso de recursos públicos para deslocamentos pessoais ou partidários, embora a justificativa do governo de São Paulo tenha sido que a segurança do governador é responsabilidade da Casa Militar, órgão que organiza e planeja todos os deslocamentos do chefe do Executivo estadual. A nota oficial enviada pelo Palácio dos Bandeirantes afirmou que as ações de transporte e segurança do governador obedecem a protocolos de eficiência e segurança, independentemente de o evento ser diretamente relacionado ao governo ou a atos partidários.
Embora a justificativa tenha sido fornecida, o episódio trouxe à tona novamente a discussão sobre o uso de bens públicos para fins pessoais ou políticos, especialmente em um contexto eleitoral e polarizado como o que marca o atual cenário político brasileiro. O incidente envolvendo o uso de um avião da PM-SP para um ato político no Rio de Janeiro reflete a crescente tensão entre as figuras políticas que defendem o ex-presidente Jair Bolsonaro e os membros do atual governo, que permanecem em oposição a esse movimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário