Em nova crítica contundente ao governo federal, o presidente estadual do PL em Pernambuco, Anderson Ferreira, afirmou nesta sexta-feira que o tempo tem passado, mas que ainda não se veem resultados concretos das promessas feitas pela gestão petista no estado. Segundo ele, há um excesso de “zuada” e de anúncios vazios, sem correspondência prática. Anderson questionou diretamente o papel de órgãos estratégicos para o desenvolvimento regional, como a Codevasf e a Sudene, apontando que ambos tiveram atuação mais robusta no governo anterior e hoje estariam esvaziados. Ele observou que a Codevasf, que durante o governo Bolsonaro recebeu um orçamento considerado recorde, atualmente sofre com a falta de investimentos efetivos, e cobrou respostas sobre a atuação da Sudene, que, em suas palavras, tem sido apenas "espuma" sem resultados mensuráveis para Pernambuco.
Ferreira também criticou a ausência de ações práticas do Banco do Nordeste (BNB) e lamentou que ministros pernambucanos dentro da atual administração federal estejam mais focados em discursos de impacto do que em entregas reais para o estado. Sem poupar a gestão, Anderson ampliou a crítica ao Ministério da Ciência e Tecnologia, ao de Portos e Aeroportos e ao Ministério da Defesa, cobrando uma análise mais rigorosa sobre o que efetivamente saiu do papel até agora. Em tom de indignação, destacou que são muitos os anúncios e solenidades, mas que a execução dos projetos tem deixado a desejar, prejudicando setores estratégicos para o crescimento local.
Entre os exemplos citados, Anderson lembrou que a duplicação da Refinaria Abreu e Lima, em Suape, deveria estar em obras, mas permanece travada em licitação. Ele ressaltou que a Escola de Sargentos do Exército, projeto inicialmente articulado na gestão de Jair Bolsonaro para Pernambuco, agora é usada politicamente pelos petistas, numa tentativa de capitalizar méritos que não são seus. Também criticou a falta de planejamento para o aproveitamento das águas da transposição do Rio São Francisco, que segundo ele foram viabilizadas no governo anterior, mas atualmente não têm recebido investimentos adequados para impulsionar o desenvolvimento da agricultura familiar e das economias regionais.
Sobre o Ministério de Portos e Aeroportos, Anderson Ferreira reclamou da falta de medidas concretas para reduzir o preço das passagens aéreas, que hoje considera um verdadeiro obstáculo à mobilidade da população, com a aviação se tornando novamente um privilégio para poucos. Para ele, falta sensibilidade e capacidade de abrir um debate sério sobre a democratização do transporte aéreo, o que poderá forçar a população a recorrer novamente às estradas, como ocorria no passado, em função dos preços proibitivos das passagens.
Ainda durante sua fala, Anderson alertou para o que considera uma tendência crescente de falhas administrativas e falta de planejamento na atual gestão federal, apontando que o tempo das promessas precisa dar lugar à execução concreta de políticas públicas. Ele associou ainda o atual governo a novos escândalos de corrupção, citando o recente caso do desvio de benefícios do INSS, o qual classificou como mais uma evidência do que considera ser o “afundamento ético” da administração. Em meio ao cenário que descreveu como desanimador, o líder do PL em Pernambuco defendeu que é urgente reacender o debate sobre o futuro do Brasil, com a construção de uma nova agenda social, econômica e política que responda aos reais anseios da população brasileira.
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