Em meio a crescentes especulações sobre sua possível entrada na política pernambucana, o jornalista e radialista Cardinot utilizou seu programa no YouTube nesta segunda-feira, 21 de abril, para esclarecer de forma direta que não pretende disputar o Governo do Estado nas eleições de 2026, tampouco está filiado ou pretende se filiar a qualquer partido político. A negativa veio em tom firme, após uma semana marcada por declarações de figuras políticas que colocaram seu nome como uma alternativa possível dentro do campo da direita, especialmente no entorno do Partido Liberal (PL). Cardinot revelou que recebeu, de fato, convites de três siglas para ingressar na vida política, mas recusou todos, destacando que sua atuação como comunicador é incompatível com o exercício de qualquer função partidária ou cargo eletivo. Para ele, aceitar uma candidatura exigiria não apenas abrir mão de sua rotina profissional, como também comprometeria a imparcialidade que diz prezar em seus conteúdos.
Nos bastidores, seu nome foi ventilado por ninguém menos que o deputado estadual Alberto Feitosa (PL), que em entrevista à Rádio Folha FM 96,7 citou conversas com lideranças bolsonaristas sobre a possibilidade de lançar Cardinot como o representante do partido na disputa estadual. Segundo Feitosa, o ex-ministro Gilson Machado, o deputado Abimael Santos e o Pastor Eurico participaram das tratativas, e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro teria autorizado que as conversas avançassem em torno do nome do comunicador. A lembrança de Cardinot como possível candidato, no entanto, não surgiu de um projeto pessoal, mas de uma tentativa de encontrar um nome popular com potencial de polarização para enfrentar adversários em 2026. Seu estilo direto, sua presença diária em programas policiais e o forte apelo com o público da Região Metropolitana do Recife contribuíram para que seu nome entrasse na mesa de discussões do PL.
Apesar da insistência nos bastidores, Cardinot tratou de cortar o assunto pela raiz, destacando que não há possibilidade de concorrer nem ao Governo do Estado nem a qualquer outro cargo. Segundo ele, sua trajetória é no jornalismo e no rádio, e não deseja abrir mão disso em troca de um projeto político-partidário. O comunicador ainda fez questão de frisar que não possui alinhamento ideológico com nenhuma legenda, e que qualquer tentativa de atrelar sua imagem a um grupo político se trata apenas de especulação sem fundamento. Seu foco, reiterou, é seguir com seus compromissos profissionais, que segundo ele, já exigem muito de seu tempo e dedicação.
Nos corredores da política, sua recusa foi recebida com frustração por aliados que viam nele um nome com forte apelo popular e independência suficiente para representar um eleitorado insatisfeito com a polarização política no estado. Ao negar qualquer pretensão eleitoral, Cardinot também evita o desgaste de uma exposição política precoce e reforça sua identidade como comunicador livre de vínculos com partidos. Seu posicionamento deve encerrar temporariamente os rumores, embora o uso político de sua imagem por setores da direita possa persistir diante da dificuldade de encontrar um nome com capilaridade estadual e força midiática comparável. A recusa do jornalista, no entanto, serve como recado claro: a política, ao menos por enquanto, ficará do lado de fora dos seus microfones.
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