Nos bastidores da política pernambucana, um novo nome começa a ganhar corpo para a disputa ao Governo do Estado em 2026: o jornalista e apresentador José Ricardo Cardinot, conhecido por sua trajetória de décadas à frente de programas policiais na televisão local. Com seu estilo direto, linguagem popular e uma base de audiência consolidada, Cardinot passou a ser cortejado pelo Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, que busca uma alternativa com forte apelo popular para enfrentar o favoritismo de figuras tradicionais como a governadora Raquel Lyra e o prefeito do Recife, João Campos.
Nos últimos dias, Cardinot esteve reunido com dois expoentes do bolsonarismo em Pernambuco: o ex-ministro do Turismo Gilson Machado e o deputado estadual Coronel Alberto Feitosa. O encontro, realizado de forma discreta, sinalizou que o partido quer transformar o capital midiático do apresentador em força eleitoral. A aproximação vem sendo tratada como estratégica por dirigentes da legenda, que enxergam no comunicador uma ponte para unificar as diversas alas do bolsonarismo local, hoje fragmentado entre nomes como o próprio Gilson Machado, Anderson Ferreira e o deputado Clarissa Tércio.
Em conversa com o Blog do Edney, Coronel Feitosa confirmou que o nome de Cardinot tem se destacado nas pesquisas internas do PL. Segundo o parlamentar, os levantamentos mostram o apresentador como uma figura de elevada identificação popular, especialmente nas periferias urbanas e no interior, onde sua imagem está associada à denúncia da violência e à cobrança por segurança pública. Para o deputado, esse perfil poderia atrair o eleitor bolsonarista raiz, mas também dialogar com setores mais amplos da população, insatisfeitos com a polarização que já se desenha entre Raquel Lyra e João Campos.
Feitosa afirma que o diferencial de Cardinot está justamente na sua capacidade de transitar entre o povo e os temas da segurança, sem parecer um político tradicional. O deputado acredita que sua eventual candidatura poderia não apenas dividir o eleitorado polarizado entre PSB e PSD, mas também reposicionar o campo da direita em Pernambuco com uma nova linguagem e uma narrativa voltada para o combate ao crime, à impunidade e à ineficiência do poder público. Segundo apurou o Blog, a cúpula nacional do PL já tomou conhecimento da movimentação e não descarta apoiar a empreitada, especialmente diante da dificuldade do partido em emplacar um nome com viabilidade consolidada no estado.
Gilson Machado, por sua vez, mantém cautela pública sobre a possibilidade, mas interlocutores confirmam que ele teria acenado positivamente ao nome de Cardinot durante o encontro. A expectativa no entorno do ex-ministro é de que o apresentador possa funcionar como um “candidato surpresa”, com potencial de crescimento rápido à medida que se aproxime o calendário eleitoral. A movimentação também é observada com atenção por outros partidos do campo conservador, que avaliam a entrada de Cardinot como um fator novo e potencialmente disruptivo na corrida pelo Palácio do Campo das Princesas.
A conversa entre Cardinot, Feitosa e Gilson Machado é considerada apenas o primeiro passo de uma construção mais ampla. Integrantes do PL acreditam que, com o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro, o apresentador poderia assumir um protagonismo na reorganização da direita em Pernambuco, abrindo espaço para um discurso mais alinhado à base conservadora, mas sem repetir as figuras que já disputaram eleições anteriores com derrotas expressivas. Por ora, o jornalista mantém silêncio sobre o assunto, mas fontes próximas afirmam que ele estaria disposto a aceitar o desafio, caso o projeto seja bem estruturado e conte com apoio consistente. É isso!
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