quinta-feira, 24 de abril de 2025

FRED SIQUEIRA É O SEXTO PERNAMBUCANO MINISTRO DE LULA

A articulação política em Brasília deu novos contornos ao comando do Ministério das Comunicações com a escolha de Frederico Siqueira Filho, presidente da Telebras, para assumir a pasta no lugar de Juscelino Filho. A nomeação ocorre após o deputado Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA) declinar do convite feito pelo governo, movimento que exigiu ação direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A escolha de Frederico, conhecido nos bastidores como Fred, contou com o aval do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e do próprio Juscelino, que esteve à frente do ministério até recentemente. Apesar de não ser uma figura midiática, Fred construiu uma trajetória sólida no setor de telecomunicações e possui 26 anos de atuação na área, o que lhe conferiu o respaldo técnico necessário para assumir uma das pastas mais estratégicas do governo federal, sobretudo em tempos de expansão da conectividade e inclusão digital. Engenheiro civil de formação, graduado pela Universidade de Pernambuco, ele carrega consigo não apenas a bagagem técnica, mas também o perfil conciliador e discreto, qualidades que agradam tanto ao Planalto quanto ao União Brasil, partido ao qual a cadeira ministerial está atualmente vinculada. Embora o critério oficial de sua escolha não tenha sido regional, a nomeação de Fred aumenta para seis o número de pernambucanos com assento na Esplanada dos Ministérios, reforçando o protagonismo do estado nordestino no atual governo. A presença pernambucana no primeiro escalão federal já era significativa, e a entrada de Fred solidifica ainda mais essa influência, mesmo que ele tenha chegado ao cargo por meio de articulações partidárias e não por indicações locais. O Ministério das Comunicações é considerado estratégico para Lula, sobretudo por sua conexão com políticas públicas voltadas à digitalização de serviços, inclusão social e ampliação do acesso à internet banda larga. A chegada de Fred, nesse contexto, é vista como um gesto de estabilidade política e técnica, algo que o Palácio do Planalto busca preservar em meio a um cenário de tensões crescentes entre partidos aliados. Fontes do União Brasil avaliam que a solução encontrada com Frederico foi a mais consensual possível, evitando disputas internas no partido e garantindo que o ministério continuasse sob influência da legenda. O novo ministro, por sua vez, é tido como alguém que fala pouco, mas escuta muito — perfil que se encaixa no estilo desejado pelo presidente Lula, sobretudo para pastas que enfrentam menor visibilidade pública, mas desempenham papel vital nos bastidores administrativos. Apesar de ainda não ter sido oficialmente anunciado, o nome de Fred já circula com força entre ministros e parlamentares, que tratam a nomeação como certa. A formalização, segundo fontes ligadas ao Planalto, deve ocorrer logo após o retorno do presidente Lula de Roma, onde ele participará do funeral do papa. Até lá, o clima na Esplanada é de expectativa contida, com lideranças do União Brasil confiantes de que o nome será bem recebido por todos os setores da base governista.

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