Em um movimento que marca o fortalecimento do Partido dos Trabalhadores (PT) em Pernambuco, o coletivo político Florescer oficializou, nesta sexta-feira (4), sua entrada na legenda em um ato político realizado no auditório do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Pernambuco (SINDSEP-PE), no Recife. O grupo, que tem como uma de suas principais referências a deputada estadual Dani Portela, rompeu com o PSOL logo após as eleições municipais de 2024, quando a parlamentar disputou a Prefeitura do Recife pela sigla. Embora Dani ainda esteja formalmente filiada ao PSOL e impedida legalmente de migrar de legenda neste momento, ela já sinalizou que assinará a ficha de filiação ao PT durante a próxima janela partidária, prevista para março de 2026, reforçando os laços que já estão sendo tecidos entre sua atuação política e a nova legenda.
A cerimônia de filiação foi prestigiada por importantes lideranças do PT no estado, entre elas a senadora Teresa Leitão, o deputado federal Carlos Veras, a vereadora do Recife Kari Santos, o presidente municipal do PT Cirilo Mota e a dirigente estadual do partido, Vivian Farias. Todos ressaltaram a importância simbólica e estratégica da chegada do Florescer, um coletivo com forte inserção em diversos movimentos sociais e com ampla capacidade de mobilização. A senadora Teresa Leitão fez uma fala de boas-vindas que destacou a relevância do novo reforço: “Esse grupo vem num momento crucial para o PT. Esse partido veio para transformar e mudar a realidade das pessoas. Nosso papel como partido do Governo é representar o presidente Lula onde quer que estejamos. Vocês chegam com força e receber vocês é renovar”, disse.
Composto por militantes do movimento negro, movimento de mulheres, movimento LGBTQIAPN+, do movimento estudantil, de juventudes e da luta comunitária, o coletivo Florescer se apresenta como um agrupamento com vivência plural e forte compromisso com as pautas populares. Durante o evento, a liderança Luiza Carolina, uma das debatedoras do encontro, fez um pronunciamento incisivo ao explicar as motivações do grupo para integrar o PT: “Diante da crise do capitalismo, das disputas com a extrema direita e o aprofundamento da desigualdade social, vimos a necessidade de nos juntarmos ao maior partido político de esquerda da América Latina. Chegamos com um grupo volumoso, à disposição e com experiência de construção partidária em outras agremiações do campo progressista e da nossa atuação em defesa da classe trabalhadora”, afirmou. O discurso foi recebido com entusiasmo pelos presentes, que destacaram o peso político da adesão. A presença da deputada Dani Portela no evento, mesmo sem poder oficializar a filiação no momento, também teve um caráter simbólico relevante, sinalizando seu alinhamento com o projeto político do PT e preparando o terreno para sua futura entrada na legenda. O gesto consolida uma tendência de aproximação entre diferentes campos da esquerda, num esforço de unidade para enfrentar os desafios do atual cenário político nacional e construir alternativas sólidas de disputa nos espaços institucionais e nas lutas sociais.
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