Durante entrevista concedida ontem à imprensa nacional, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), falou já como uma liderança em ascensão e provável futuro presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro. Em tom firme e articulado, João defendeu publicamente a permanência do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) na chapa de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026, posicionando o partido de forma clara e estratégica no tabuleiro político nacional. Para ele, a vice-presidência ocupada por Alckmin não pode ser tratada como moeda de troca entre partidos da base aliada e deve permanecer como um espaço de confiança política, coerência e compromisso com o projeto de país iniciado em 2023. Sua fala ocorreu em um momento em que partidos do centrão, especialmente o MDB do governador do Pará, Helder Barbalho, têm sinalizado interesse na vaga de vice, enxergando nela uma oportunidade de ampliar espaço no núcleo decisório do governo.
João Campos demonstrou habilidade política ao destacar que nem todos os partidos que hoje compõem a base do governo Lula estarão necessariamente ao lado do presidente em 2026. Ele alertou que, em muitos casos, essas legendas já ensaiam candidaturas próprias ou flertam com projetos alternativos de poder. A crítica foi interpretada como uma alusão direta ao PSD, legenda da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, que embora formalmente esteja na base do governo, articula nos bastidores a eventual candidatura presidencial do governador do Paraná, Ratinho Junior. João deixou claro que o PSB não abrirá mão de espaços conquistados com base em fidelidade e contribuição concreta ao governo federal, e que a manutenção de Alckmin na vice é estratégica não só para o PT, mas para a estabilidade do país.
A fala de João Campos marca um movimento de consolidação de sua liderança nacional. À frente da prefeitura do Recife, ele tem se destacado como um gestor de perfil moderno e dialogador, mas com apetite crescente por influenciar os rumos do seu partido e da política brasileira. Ao defender Alckmin, João não apenas protege os interesses do PSB, mas também sinaliza que a legenda deseja protagonismo nas grandes decisões que moldarão o cenário de 2026. Ele apontou ainda que a presença de Alckmin na chapa transmite confiança ao eleitorado moderado e empresarial, sendo um elo fundamental entre o governo Lula e setores que antes resistiam ao projeto petista. Ao assumir esse posicionamento com clareza, João se distancia da ambiguidade que marca parte da base governista e reforça o compromisso do PSB com a estabilidade institucional e a construção de um projeto de país consistente e progressista.
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