Lá, permaneceram por cerca de duas horas conversando. Segundo o depoimento de Leonardo à polícia, esse período serviu para ganhar a confiança de Zezinho e confirmar sua identidade antes de executar o serviço. Após esse tempo, os dois desceram juntos. Zezinho o acompanhou até o hall de entrada, em um gesto cordial de despedida. Foi nesse momento que Leonardo sacou uma arma e efetuou os disparos que tiraram a vida do comunicador, ainda dentro do prédio. A execução fria e direta deixou poucas dúvidas sobre o caráter profissional do crime. Leonardo revelou às autoridades que foi contratado por um intermediário, a quem não identificou, para matar Zezinho. O valor acordado foi de R$ 50 mil, mas, até sua prisão, ele havia recebido apenas R$ 10 mil. O pistoleiro relatou ainda que já se preparava para localizar o mandante e cobrar o restante da quantia, demonstrando ressentimento com quem o contratou.
Além do homicídio de Zezinho, Leonardo é acusado de envolvimento em outro assassinato em Uberlândia e admitiu ter cometido crimes em São Paulo, Minas Gerais e Gravatá, em Pernambuco. Em sua residência, foram apreendidas armas de fogo, grande quantidade de munições, cocaína e maconha. O material reforça as suspeitas de que Leonardo atuava como pistoleiro e mantinha ligações com o tráfico de drogas. A polícia agora concentra esforços em descobrir quem está por trás do crime. A complexidade do caso aumenta com o histórico da própria vítima. Zezinho do Ouro respondia, no momento de sua morte, a 43 inquéritos e 49 processos, incluindo acusações de roubo, estelionato e grilagem de terras. Ainda assim, sua atuação como denunciante e figura polêmica nas redes sociais o tornava alvo de ameaças constantes. Sua morte expôs uma trama densa de vinganças, disputas de poder e silenciamento, cuja raiz pode estar em interesses contrariados por suas denúncias públicas. A investigação continua sob sigilo, com foco na identificação do mandante e nos possíveis motivos por trás da execução.
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