A TERRA TREMEU EM CARUARU

Um tremor de terra de magnitude 1.9 na escala Richter foi registrado na cidade de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira, 16 de agosto. O abalo sísmico ocorreu precisamente às 5h02, de acordo com o horário de Brasília, e foi detectado pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN), responsável pelo monitoramento das atividades sísmicas em todo o Nordeste brasileiro. Embora de baixa intensidade, o evento foi sentido por moradores de alguns bairros da cidade, gerando curiosidade e preocupação entre os caruaruenses que despertaram com a leve vibração.

Segundo informações técnicas fornecidas pelo LabSis, esse tipo de ocorrência está dentro dos padrões esperados para uma região que, embora não esteja situada sobre placas tectônicas ativas, apresenta uma recorrência histórica de microssismos. Caruaru, inclusive, é conhecida por registrar eventos sísmicos ao longo das décadas, o que atrai a atenção de estudiosos e sismólogos desde os anos 1980. Nos últimos dias, o laboratório já havia identificado uma sequência de pequenos tremores na região, o que reforça a importância de se acompanhar a atividade com atenção. A instituição alertou que mesmo tremores de menor intensidade podem representar movimentos pré-sísmicos e não devem ser completamente ignorados.

Ainda segundo o LabSis, os chamados microtremores não oferecem riscos imediatos à população, mas têm valor científico significativo. Eles ajudam a mapear zonas de instabilidade geológica e podem indicar pontos onde a crosta terrestre está sob tensão acumulada. Em nota, o laboratório afirmou que os registros recentes em Caruaru vêm se somar a uma série de eventos semelhantes que têm ocorrido em outras cidades do Agreste. Na semana passada, em 8 de maio, a cidade de São Joaquim do Monte, também localizada na mesma região, foi atingida por um sismo de 2.1 de magnitude, também catalogado pelo sistema da UFRN.

A população que sentiu o tremor desta sexta relatou nas redes sociais a leve oscilação em portas, janelas e móveis, especialmente em áreas mais silenciosas e próximas a terrenos abertos. Os relatos ajudam a confirmar os dados obtidos pelos sismógrafos distribuídos pela UFRN, que mantém monitoramento ininterrupto e em tempo real. Embora eventos dessa magnitude não causem danos estruturais ou ferimentos, a sensação causada por um tremor, ainda que leve, é sempre motivo de alerta e interesse. A movimentação sísmica de Caruaru reforça a necessidade de ampliação dos estudos geológicos e do mapeamento de áreas suscetíveis a esse tipo de fenômeno natural em Pernambuco. O LabSis informou que continuará acompanhando a evolução dos registros e divulgará novos boletins caso ocorra qualquer mudança significativa na atividade sísmica da região.