Adagro reforça a adoção de medidas de prevenção à influenza aviária após registro da doença na avicultura comercial no RS
Após o Ministério da Agricultura e Pecuária – MAPA divulgar nota oficial nesta sexta-feira (16/05) informando o primeiro foco do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade na avicultura comercial, além de publicar a Portaria 795/2025 decretando estado de emergência zoossanitária por 60 dias no município de Montenegro (RS) onde ocorre o foco da doença, a Adagro reforça que não há registro da doença nos empreendimentos avícolas de Pernambuco e que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos.
A gerente de defesa animal da Agência de Defesa Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco – Adagro, Isabelle Valente, orienta aos estabelecimentos avícolas que adotem medidas de proteção como evitar o contato de aves comerciais com aves silvestres, não tocar ou recolher aves com suspeita de influenza aviária, controlar o acesso de pessoas, veículos e equipamentos na propriedade, além de instalar telas nos aviários.
Ainda segundo a gerente da Agência Agropecuária do Estado, “é de extrema importância que os produtores e a população, especialmente moradores de áreas rurais, caso identifiquem aves que apresentem sintomas como dificuldade de voar, andar cambaleante, pescoço torto ou quando houver alta mortalidade de animais na sua região, que não manipulem os animais e procurem o escritório da autarquia agropecuária mais próximo para que possamos adotar as medidas sanitárias necessárias”.
A Adagro realizou, através do Programa Estadual de Sanidade Avícola - PESA atividades de vigilância ativa, com visitas aos empreendimentos de criação de aves de subsistência e comerciais, seguindo as recomendações do Plano de Vigilância para Influenza Aviária do MAPA. A ação realizada entre novembro de 2024 e maio de 2025 teve como objetivo realizar exames clínicos e coleta de exames das aves para verificar se havia circulação do vírus da influenza aviária em Pernambuco. Foram percorridas 110 propriedades nas regionais Recife, Caruaru, Garanhuns, Surubim, Sanharó, Sertânia, Serra Talhada e coletadas 4410 amostras, entre soro sanguíneo e suabes.
Como medidas de prevenção e de defesa agropecuária, a diretoria da Adagro publicou portarias estaduais com o objetivo de proteger a população e a avicultura estadual. A Portaria nº 011, de 30/01/25, alterada pela Portaria nº 021/25, estabeleceu prazo até 29 de junho para que médicos veterinários responsáveis técnicos por empreendimentos como incubatórios, matrizeiros e granjas comerciais de aves de corte e de postura atualizem o cadastro para emissão da Guia de Trânsito Animal eletrônica (e-GTA), como forma de intensificar o controle do trânsito de aves e de outros rebanhos de importância econômica do estado.
Já a Portaria nº 023, de 03/04/25, proibiu por 180 dias, no Estado de Pernambuco, exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves, considerando a Portaria MAPA nº 782, de 26/03/25, que estabeleceu, em todo o território nacional, medidas preventivas em função do risco de ingresso e de disseminação da influenza aviária (IA) de alta patogenicidade no país. Ainda seguindo determinação da legislação federal, tais eventos poderiam ocorrer desde que promotores ou realizadores apresentassem um plano de biosseguridade contendo medidas de prevenção e controle para mitigar o risco de introdução e disseminação da IA. Com a publicação da Portaria do MAPA nº 795, esta portaria pode ser alterada pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado.
Controle de circulação de animais de eventos agropecuários – Ainda como forma de prevenir doenças nos rebanhos de importância para o agronegócio, a Agência de Defesa Agropecuária de Pernambuco publicou no Diário Oficial do Estado a Portaria nº 030, de 22/04/25, que estabeleceu, entre outras medidas, que o credenciamento de responsáveis técnicos (RTs) de eventos estará condicionado à habilitação para a emissão da GTA junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária – MAPA para animais, conforme finalidade do evento pecuário pelo qual o RT estaria responsável.
Entenda a doença: A influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) é transmitida pelo vírus H5N1. A doença pode causar a morte de grande quantidade de aves nativas e comerciais. Há um pequeno risco de transmissão da IA aos humanos quando há o contato direto de trabalhadores rurais ou moradores com aves silvestres doentes.
“É importante evitar o contato direto da população com aves que apresentem sintomas ou quando houver alta mortalidade desses animais”, afirmou a diretora de defesa e inspeção animal da Adagro, Samy Bianchini.
Também conhecida como gripe aviária, a doença já tinha sido registrada em aves silvestres (especialmente as migratórias) e de subsistência, mas este é o primeiro registro ocorrido em aves comerciais no Brasil, segundo a portaria do MAPA desta sexta-feira (16). O serviço veterinário da Adagro reforça que a prevenção ainda é a melhor forma de se evitar a disseminação da doença, que pode causar prejuízo econômico aos avicultores.
Medidas de Proteção para Empreendimentos Avícolas:
- Evitar o contato de aves domésticas e comerciais com aves silvestres;
- Não tocar ou recolher aves com suspeita de influenza aviária apresentando sintomas como tremor, andar cambaleante e dificuldade respiratória;
- Controlar a entrada de pessoas, veículos e equipamentos na propriedade;
- Colocar tela em todo o aviário (tela de 1 polegada).
Canais de Notificação na Adagro:
Todos os escritórios da Adagro no estado
0800 081 1020
(81) 3181.4516 – Divisão de Vigilância Epidemiológica e Análise de Risco - DVEAR
Ou notifique no Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias – Sisbravet, acessando o link: https://sistemasweb4.agricultura.gov.br/sisbravet/manterNotificacao!abrirFormInternet.action
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