quinta-feira, 22 de maio de 2025
ANDERSON FERREIRA BATE FORTE NO ISS DAS BETS
A recente aprovação da redução da alíquota do Imposto Sobre Serviços (ISS) para casas de apostas no Recife gerou forte reação por parte do presidente estadual do PL em Pernambuco, Anderson Ferreira. Em declaração contundente, o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes criticou a velocidade com que o projeto tramitou na Câmara Municipal e foi sancionado, comparando o processo a um "vale-tudo por dinheiro". Segundo ele, o projeto que beneficia diretamente empresas do setor de apostas online foi aprovado em tempo recorde, sem audiências públicas, sem debate aprofundado com a sociedade e sem qualquer cautela diante de um tema que, segundo defende, deveria exigir muito mais responsabilidade do poder público. Ferreira observou que a crise econômica ainda atinge fortemente pequenos empreendedores, prestadores de serviços e setores inteiros que aguardam há anos por incentivos, desonerações e medidas de alívio fiscal, mas que nunca contaram com o mesmo empenho do Legislativo e do Executivo municipal. Para ele, o que se viu na tramitação da proposta foi um claro favorecimento a um setor cuja atividade ainda levanta dúvidas quanto ao impacto social, sobretudo entre os mais jovens e vulneráveis. O dirigente do PL afirmou que tem sido procurado por representantes de segmentos diversos, que se sentem desvalorizados diante da ausência de iniciativas semelhantes que os beneficiem. Anderson defendeu que esses setores também comecem a se mobilizar para pleitear tratamento isonômico, uma vez que, conforme frisou, o princípio da justiça fiscal deve ser respeitado em todas as esferas. O posicionamento do presidente do partido foi acompanhado pela bancada do PL na Câmara do Recife, que votou contra a medida e argumentou que faltou transparência no processo legislativo. Anderson também questionou os critérios utilizados pela prefeitura para selecionar os beneficiários da medida, lembrando que o momento exige prudência e sensibilidade por parte do poder público. Segundo ele, muitas famílias estão enfrentando dificuldades severas para manter seus pequenos negócios, enquanto se vê uma estrutura pública operando com rapidez apenas para beneficiar empresas que exploram jogos de azar, o que reforça a percepção de que o dinheiro, e não o bem-estar social, tem comandado as decisões. A crítica de Anderson ocorre em um momento de crescente debate sobre o avanço das casas de apostas no Brasil e o papel dos municípios na regulamentação do setor, especialmente no que se refere à tributação e à fiscalização. Ele destacou que não se pode permitir que setores tradicionais da economia sejam esquecidos enquanto se cria um ambiente favorável a uma atividade que, apesar de legalizada, ainda demanda muitos estudos e cautela. Para o presidente do PL, o Recife deveria liderar um debate mais equilibrado e ético, capaz de unir desenvolvimento econômico com responsabilidade social.
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