O deputado federal Carlos Veras (PT-PE) oficializou nesta sexta-feira, 9 de maio, sua candidatura à presidência estadual do Partido dos Trabalhadores em Pernambuco, dentro do Processo de Eleições Diretas (PED 2025), que definirá os novos comandos partidários. A inscrição foi registrada no final da tarde, por volta das 17h, na sede estadual do PT, localizada no Recife, marcando o encerramento do prazo para a formalização das chapas. A candidatura de Veras surge como resultado de uma articulação ampla, que envolveu diferentes setores internos do partido. Entre os que assinaram e referendaram seu nome estão dirigentes ligados às correntes Construindo um Novo Brasil (CNB), Esquerda Popular Socialista (EPS) e Socialismo em Construção, além de militantes independentes, representantes de movimentos sociais e lideranças sindicais de peso no estado.
Nos bastidores da inscrição, o movimento em torno do nome de Veras foi descrito como um esforço conjunto para construir uma alternativa que represente não apenas um setor específico do PT, mas uma proposta de direção que abarque todas as forças políticas e sociais que compõem a legenda em Pernambuco. O próprio deputado, que participou do ato de inscrição de forma remota por meio de videoconferência, reforçou essa linha ao declarar seu compromisso com uma gestão partidária que fortaleça a unidade e a presença ativa do PT no cenário estadual. Em sua fala, Veras destacou que deseja comandar um partido onde cada militante e cada dirigente tenha espaço para atuar, com voz e responsabilidades, defendendo que a unidade que busca não é de uma tendência em detrimento da outra, mas sim do conjunto do partido como um organismo plural.
Entre as lideranças que participaram da inscrição, a avaliação é de que a candidatura de Carlos Veras carrega um simbolismo importante: a tentativa de reoxigenar o PT pernambucano e reafirmar suas raízes junto às bases sociais, às ruas e às urnas. Os articuladores do movimento defendem que, diante da conjuntura política tanto em Pernambuco quanto no plano nacional, o partido precisa de uma direção que dialogue com os desafios contemporâneos, que articule mobilização e que seja capaz de impulsionar a militância histórica da sigla. Nesse sentido, o projeto encabeçado por Veras está sendo apresentado como um chamado à reconstrução do protagonismo petista no estado, num momento em que a legenda se prepara para as eleições municipais de 2026 e para renovar seu papel na defesa do governo Lula e na sustentação do senador Humberto Costa.
A proposta de mobilização liderada por Veras visa também ampliar a presença do PT nos diferentes territórios de Pernambuco, com foco em envolver as bases do partido em um processo vivo de participação. Ele promete uma direção que esteja em sintonia com as lutas populares e que faça o partido "pulsar" com a energia acumulada ao longo de sua trajetória. Por trás dessa movimentação, está o entendimento de que a reconstrução do partido passa pela dinamização da militância e pela formação de quadros que estejam conectados tanto com as pautas nacionais quanto com as demandas locais da população. O ato de inscrição da candidatura foi marcado ainda por manifestações de apoio de representantes dos movimentos sindicais, que veem em Veras — ele próprio oriundo do movimento sindical — uma liderança capaz de recompor a força do PT nos espaços populares e nas instituições.
O PED 2025 do PT é um processo que mobiliza a militância em todo o país e, em Pernambuco, tende a ganhar peso especial diante da disputa pelo comando estadual da legenda, considerada estratégica para o fortalecimento do projeto nacional do partido. A candidatura de Veras, com seu perfil de busca pelo consenso e de formação de uma chapa plural, desponta como favorita, embora o processo interno ainda esteja aberto a negociações até o momento da votação. Ao se lançar, o deputado federal defende que o partido se mantenha fiel à sua tradição de luta, mas ao mesmo tempo se reinvente para enfrentar os novos desafios da cena política pernambucana e brasileira.
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