segunda-feira, 5 de maio de 2025

DEPUTADO LEVA FUZIL E PISTOLA PARA DENTRO DO GABINETE NA CÂMARA

Deputado leva fuzil e pistola para dentro de gabinete na Câmara
O deputado federal Delegado Caveira (PL-PA), aliado de Jair Bolsonaro, causou polêmica ao levar um fuzil calibre 5.56 mm e uma pistola calibre .40 para dentro do seu gabinete na Câmara dos Deputados. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o parlamentar aparece segurando a pistola ao lado do vereador bolsonarista Zezinho Lima, que empunha o fuzil. Ambos afirmam defender o porte de armas para "cidadãos de bem", ele no Congresso Nacional e o vereador na Câmara Municipal de Belém.

O vereador confirmou que as armas exibidas são verdadeiras e pertencem ao deputado. A presença de armamentos desse calibre no Legislativo é inédita e contraria as rigorosas normas de segurança da Câmara, que incluem detectores de metal para impedir a entrada de armas. Embora o porte de fuzil seja proibido para civis no Brasil, Delegado Caveira, como policial civil licenciado, tem direito ao porte de arma, mas deve observar restrições, como não ostentar armas em locais com grande aglomeração.

O episódio gerou reação imediata do deputado Rogério Correia (PT-MG), que protocolou pedido de busca e apreensão das armas no gabinete do parlamentar, argumentando que a entrada e exibição dos armamentos ocorreram sem autorização da Polícia Legislativa, violando o regimento interno da Casa. Correia classificou a atitude como uma afronta à segurança e ao funcionamento democrático do Congresso, ressaltando que o porte de armas de uso restrito no Legislativo representa risco para parlamentares, servidores e visitantes.

Além da busca e apreensão, o deputado do PT solicitou que o caso seja investigado pela Corregedoria Parlamentar, encaminhado ao Conselho de Ética e à Procuradoria-Geral da República para apuração de eventuais crimes e infrações disciplinares.

Delegado Caveira admitiu ter levado as armas e afirmou se sentir alvo de ameaças, defendendo sua postura nas redes sociais com a frase "Doa a quem doer". Ele é integrante da chamada Bancada da Bala e conhecido por defender medidas controversas, como a pena de morte. O caso expôs falhas na segurança da Câmara e intensificou o debate sobre o uso de armas por parlamentares dentro do Congresso Nacional

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