MENDONÇA DIZ QUE FICA NO UNIÃO BRASIL

O deputado federal Mendonça Filho, uma das figuras mais conhecidas da política pernambucana, reafirmou sua permanência no União Brasil, partido que abriga sua trajetória desde o início da vida pública. Em meio às movimentações que cercam a federação entre o União Brasil e o Progressistas (PP), Mendonça preferiu adotar uma postura de estabilidade e continuidade. Apesar das especulações e das conversas que surgiram nos bastidores sobre uma possível mudança de legenda, o ex-ministro da Educação deixou claro que não pretende solicitar a carta de anuência, documento necessário para deixar o partido sem riscos de perder o mandato por infidelidade partidária. Em tom sereno, Mendonça agradeceu as manifestações que lhe abriram portas em outras siglas, mas reforçou que sua escolha, neste momento, é permanecer no partido que ajudou a construir e consolidar em Pernambuco. A relação de Mendonça com o União Brasil é longa e carregada de simbolismo: ele nunca se afastou da legenda, seja nos tempos em que ela se chamava PFL, seja na fase em que se tornou o DEM, até chegar à atual configuração. Essa fidelidade partidária é vista por aliados como um traço distintivo da sua carreira, marcada por uma linha conservadora e pela defesa de pautas liberais na economia. A fusão com o PP, no entanto, trouxe novos desafios e rearranjos dentro da federação, movimentando lideranças em busca de espaço e clareza sobre os rumos que o novo bloco tomará. Mesmo assim, Mendonça optou por não se antecipar às mudanças e afirmou que tem tempo de sobra para avaliar os cenários antes de tomar qualquer decisão mais drástica. A falta de pressa, segundo ele, é estratégica, permitindo que observe como a nova configuração partidária vai se desenhar no plano estadual e nacional. No tabuleiro político, sua permanência no União Brasil também é interpretada como um gesto de resistência à pulverização partidária que marcou a política brasileira nos últimos anos. Para o deputado, a coerência com sua história pesa mais do que a conveniência momentânea de uma possível migração. Com a janela partidária ainda aberta e possibilidades reais de composições futuras, Mendonça prefere manter o controle do tempo e do enredo que ele próprio ajudou a escrever ao longo de décadas. Entre os bastidores da política pernambucana, sua declaração gerou movimentação, especialmente entre aqueles que contavam com uma possível saída para rearranjar alianças e ampliar espaço. No entanto, Mendonça mantém-se firme em sua escolha, sem ceder à pressa nem às pressões que naturalmente surgem em momentos de reconfiguração partidária. Assim, segue alinhado com o União Brasil, observando atentamente os próximos passos da federação, enquanto preserva o vínculo com a sigla que acompanhou toda sua trajetória.